O presídio federal de Mossoró
deverá receber mais um integrante e um dos principais líderes da facção criminosa
Comando Vermelho (CV). O narcotraficante do Paraguai Marcelo Fernando Pinheiro
Veiga, “Marcelo Piloto”, poderá desembarcar na penitenciária de segurança
máxima localizada na segunda maior cidade do Rio Grande do Norte.
A informação foi divulgada na
noite desta segunda-feira (28) pelo portal do Sistema Opinião (OP9) e deu conta
de que a Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro teria autorizado a
transferência do narcotraficante de 43 anos de idade, que, atualmente, está na
penitenciária federal de Catanduvas (PR). Segundo o portal, a concretização da
transferência para Mossoró só estaria dependendo de autorização da Justiça
Federal do RN.
De acordo com o OP9, a decisão
que autoriza a transferência foi dada pelo juiz Rafael Estrela e o entendimento
dele seria que, ainda conforme o portal, se o traficante retornar para o Rio de
Janeiro, isso poderia impactar na sensação de insegurança que já existe no
estado carioca. “A permanência do apenado fora dos limites do estado do Rio de
Janeiro é um importante obstáculo ao fluxo de comunicações entre tais líderes e
seus comandados no que tange a transmissão de ordens ilícitas (...)”, frisaria
trecho da decisão.
A reportagem afirma também
que, na mesma decisão, independente de transferência ou não, o juiz teria
determinado a permanência de Marcelo Piloto em presídio federal
definitivamente, pois, em novembro passado, a prisão em instalação desse tipo
tinha sido determinada de forma provisória. A matéria destaca ainda que no
presídio potiguar, encontra-se presa a única pessoa que, segundo informações da
polícia, tem mais poder que Marcelo Piloto dentro do CV: Luiz Fernando da
Costa, “Fernandinho Beira-Mar”, 51 anos.
FICHA CRIMINAL
Marcelo Piloto foi preso no
Paraguai em dezembro de 2017, após dez anos foragido. Ele se mudou para o país
vizinho em 2012. De acordo com a polícia, ele seria o maior fornecedor de armas
e drogas do CV fora do Brasil. Em novembro do ano passado, ele usou uma faca de
sobremesa para matar, com pelo menos 16 facadas, Lídia Meza Burgos, de 18 anos,
que foi visitá-lo. Após isso, o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez,
anunciou a expulsão de Piloto.
O assassinato teria sido uma
ação desesperada para evitar a extradição para o Brasil. Marcelo Piloto é
condenado pela Justiça do Rio de Janeiro a uma pena de 26 anos de prisão. No
Paraguai, o narcotraficante estava preso por homicídio e falsificação de
documentos.
DeFato
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente