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domingo, 28 de agosto de 2022

Prefeitos não tangem os eleitores nas disputas eleitorais no RN. O inverso é mais provável


Zapeando pelas mídias digitais neste domingo, me deparo com um texto muito interessante do “Blog do Barreto”. Apesar de ser extenso, resolvi republicar, pois traz uma boa reflexão sobre a cena política do RN.

Acompanhe.

Uma coisa que há anos me causa sonolência é ler uma análise que atesta a força de um candidato majoritário no Rio Grande do Norte a partir da quantidade de prefeitos que ele é capaz de juntar.

É como se a eleição no Rio Grande do Norte fosse uma gincana em que vence quem junta mais apoios de prefeitos até o fim da eleição. Se já foi assim em algum momento eu não sei afirmar porque nunca me debrucei para pesquisar, mas as eleições recentes mostram que ocorre exatamente o inverso.

O fato é que as últimas eleições majoritárias no Estado foram vencidas por alianças modestas, com baixa quantidade de apoios de prefeitos.

Em 2014, a chapa Henrique Alves para o Governo e Wilma de Faria para o Senado juntou em torno de si não só os prefeitos, mas também a oposição em várias cidades no interior.

O eleitor escolheu Robinson Faria para governar o Estado e mandou Fátima Bezerra para o Senado. Frise-se que no segundo turno houve prefeitos que largaram Henrique para ficar com Robinson, sentindo para onde a vitória estava indo.

Em 2018, a maioria dos prefeitos se dividiu entre

Robinson e Carlos Eduardo Alves para o Governo, mas o eleitor escolheu Fátima Bezerra. No segundo turno vários prefeitos migraram o apoio a petista.

Para o Senado o mais votado foi Styvenson Valentim que não tinha um único prefeito lhe apoiando e a segunda mais votada e eleita foi Zenaide Maia que tinha alguns apoios entre os alcaides, mas a maioria deles estavam com Geraldo Melo, Garibaldi Alves Filho e Antônio Jácome. Os três ficaram bem distante dos dois eleitos.

Os fatos do passado se materializam em números no presente.

A pesquisa DataVero divulgada no dia 16 de agosto mostrou que 68% dos eleitores não seguem a orientação dos prefeitos para o Governo e 67% ignoram os pedidos de votos para o Senado.

O peso dos prefeitos nas eleições potiguares é superestimado.

Os prefeitos pesam mais em disputas proporcionais cujo voto é mais fragmentado e a máquina ainda faz muito a diferença. A mesma pesquisa mostrou que 25% dos eleitores seguem os prefeitos nos votos para Governo e Senado.

Isso deve se refletir em outras disputas e é o suficiente para fazer um deputado o mais votado na cidade tendo em vista que se trata de uma eleição mais fragmentada pela maior quantidade de candidatos.

Quem entendeu isso muito bem foi o prefeito Allyson Bezerra (SD). Em Mossoró, o foco dele é nos seus candidatos a deputado estadual e federal, deixando a majoritária em segundo plano e, assim, se poupando de pôr as digitais em uma eventual derrota.

Para os cargos majoritários é mais fácil o eleitor tanger o prefeito do que o inverso, principalmente quando há segundo turno para o Governo.

Nenhum prefeito que ficar mal na fita com os seus eleitores.

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