Durante toda esta quarta-feira (20), os Agentes
Penitenciários do Rio Grande do Norte estão de braços cruzados. A categoria
realiza uma paralisação de 24 horas, bem como promove ato público em frente à
Governadoria. O objetivo é chamar atenção da sociedade e do Governo do Estado
para a falta de valorização e o caos no Sistema Penitenciário.
De acordo com os Agentes Penitenciários, desde
que começou o ano, o novo governador ainda não deu nenhuma perspectiva concreta
do planejamento para o resgate da categoria e do Sistema Penitenciário.
“A sociedade acompanhou, nos últimos meses,
rebeliões, fugas e mais fugas e nós agentes penitenciários é que estávamos na
linha de frente de tudo isso. Essa situação, aliás, não é de agora. Há anos o
Sistema Penitenciário do RN vive no caos, mas o governador Robinson, que
afirmou que seria o governador da Segurança, ainda não deixou claro o que
pretende fazer para mudar esse quadro”, afirma Vilma Batista, presidente do
Sindasp-RN.
De acordo com a presidente do Sindicato dos
Agentes, a categoria esperava que o Governo do Estado se preocupasse pelo menos
em valorizar os servidores, enviando para a Assembleia Legislativa o projeto do
Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos Agentes Penitenciários.
“Essa seria uma medida que, nesse primeiro
momento, iria estimular e resgatar a dignidade dos agentes penitenciários.
Poucas pessoas conhecem a realidade de uma unidade prisional. Vivemos
praticamente no lixo que é jogado debaixo do tapete pelos governantes.
Diariamente, colocamos nossas vidas em risco, não apenas porque estamos lidando
com criminosos perigosos, mas também porque as cadeias do RN são focos de
doenças infectocontagiosas”, declara.
Os Agentes Penitenciários esperavam que o
Governo do Estado desse uma resposta sobre o envio do PCCR da categoria até
esta terça-feira, como tinha sido acordado em reunião realizada com o
governador Robinson Faria no último dia 14. “Esperamos até às 19h desta
terça-feira e não tivemos nenhuma resposta”, completou Vilma Batista.
Durante a paralisação de 24 horas desta
quarta-feira, apenas os serviços básicos e de urgências estão sendo mantidos
nas unidades prisionais.
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