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Foto: Centro
Gemológico da Bahia/Carol Garcia
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A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério
Público, deflagrou, na madrugada desta quarta-feira (27), a Operação Sete
Chaves, com o objetivo de desarticular organização criminosa que agia na
extração ilegal da turmalina paraíba, uma das pedras preciosas mais valiosas do
mundo.
Cerca de 130 policiais federais cumpriram
simultaneamente 35 medidas judiciais, sendo 8 de prisão preventiva, 19 mandados
de busca e apreensão e 8 de sequestro de bens, nos estados da Paraíba, Rio
Grande do Norte, Minas Gerais e São Paulo. Os trabalhos estão sendo
desenvolvidos nas cidades de João Pessoa, Monteiro/PB, Salgadinho/PB,
Parelhas/RN, Natal/RN, Governador Valadades/MG e São Paulo.
O nome Sete Chaves faz referência aos
negociadores no mercado restrito da pedra, turmalina azul, que guardavam à
“sete chaves” o segredo sobre a existência de uma pedra extra valorizada e
pouco conhecida no mercado de pedras preciosas.
A operação contou com a colaboração de fiscais
do Departamento Nacional de Produção Mineral-DNPM e da Secretaria da Receita
Federal.
A organização criminosa é formada por diversos
empresários e por um deputado estadual, que se utilizavam de uma intrincada
rede de empresas off shore para suporte das operações bilionárias nas
negociações com pedras preciosas e lavagem de dinheiro.
Considerada uma das pedras mais caras do mundo,
estimada em R$ 3 milhões, a turmalina Paraíba era retirada de São José da
Batalha, um distrito do município de Salgadinho, na Paraíba e enviada à cidade
de Parelhas, no Rio Grande do Norte, onde era esquentada com certificados de
licença de exploração. De lá, as pedras seguiam para Governador Valadares em
Minas Gerais para a comercialização em mercados do exterior como Bangkok, na
Tailândia, Hong Kong, na China, Houston e Las Vegas, nos Estados Unidos.
Todos os investigados responderão pelos crimes
de lavagem de dinheiro, usurpação de patrimônio da União, organização
criminosa, contrabando e evasão de divisas.
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