Servidores de Mossoró entram em greve na próxima segunda

“A greve dos servidores municipais começa na segunda-feira”. Foi assim, sem qualquer voto contrário ou abstenção, que a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SINDISERPUM), Marleide Cunha, anunciou o início do primeiro impasse, este ano, da atual administração, de forma mais direta, com os seus servidores.

Com apoio unânime, a greve começa na segunda-feira e é motivada por várias reivindicações que, segundo a categoria, não foi atendida, principalmente pela Gerência da Saúde. “Os servidores pediram reajuste de 13% e a Prefeitura encaminhou proposta de 4,02%. Não aceitamos a contraproposta e estamos anunciando que, por decisão unânime, os servidores entrarão em greve na segunda-feira. A partir desta data, o comando de greve fará visitas aos locais e também se reunirá para deliberar sobre outros pontos. Além disso, seremos solidários com a parada nacional, que acontece na sexta-feira”, destaca, se referindo ao ato agendado para às 15h, na Praça Rodolfo Fernandes. 

Segundo Marleide Cunha, a greve abrange grande parte dos servidores – saúde, assistência social, ASGs e merendeiras da Educação e agentes administrativos de secretarias municipais -, com exceção dos professores, e é um momento da categoria buscar melhorias. “O que vemos é que não existe estrutura boa para se trabalhar. Há uma precarização do trabalho, entre eles o do pessoal da saúde. Nas Unidades Básicas de Saúde, por exemplo, faltam profissionais e itens básicos para atendimento ao público”, relata.

Nesse sentido, a presidente convoca a todos a participar do movimento e engrossar as fileiras. “Queremos que todos se engajem, que todos participem e é com essa ajuda de todos que conseguiremos reverter o quadro em que nos colocaram”, fala.

A estimativa do Sindicato é de que mais de 400 servidores públicos municipais tenham participado da assembleia de ontem. “Foi a maior que nós tivemos”, afirmou Marleide Cunha.

Durante o encontro com Francisco José Júnior, há alguns dias, o gestor municipal solicitou o prazo de mais 20 dias para apresentação da contraproposta, no entanto foi negado e os servidores deram apenas uma semana.

No dia 25, porém, houve nova audiência entre representantes da Prefeitura e o Sindicato para discutir novamente os pontos de pauta. Ontem, 26, a categoria se reuniu em assembleia, já com previsão de votar sobre indicativo de greve.

Em reportagem na Gazeta, do dia 16 deste mês, o prefeito ofereceu garantias de que irá refazer a comissão para implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários da saúde, administração e educação. Também garantiu que investirá na segurança das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que constantemente são vítimas de assaltos e arrombamentos, ressaltando o interesse em implantar o programa Bic Saúde.

Gazeta