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sexta-feira, 22 de maio de 2015

Três vírus circulam este ano no RN

Apesar de o Brasil ter sido atingido pela primeira vez pela dengue na década de 1980 em várias capitais, a doença só chegou a Natal em 1996. Quase 20 anos depois, o problema só ficou mais complexo com ciclos de epidemias e vários tipos de vírus circulando. Todos os quatro tipos circulam pelo Estado do Rio Grande do Norte, mas na epidemia deste ano, apenas três deles, segundo o secretário municipal de Saúde, foram identificados até agora: o tipo 1, 2 e 4. Mas a situação ainda pode se agravar. Na Ásia, circula um quint
o tipo da doença, que ainda não chegou por aqui.

Apesar da diversidades de vírus, os seus resultados no organismo humano são semelhantes conforme o infectologista Kleber Luz. Os sintomas são praticamente os mesmos, a variação deles se dá apenas por conta da individualidade de cada caso. Algumas pessoas podem apresentar determinados sintomas característicos e outras não.

Entretanto, há estudos acadêmicos que apontam para que o DENV-3 seja um pouco mais virulento que os demais. Segundo pesquisa subsidiada pela  Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp),   o aparecimento desse sorotipo no Brasil coincidiu com o aumento de casos mais graves.

Como até agora o tipo  três não foi encontrada aqui em Natal, essa hipótese é a mais provável para explicar a pouca incidência de casos graves e mortes em função da dengue. Essa possibilidade vai ao encontro da análise que o secretário municipal de Saúde tem sobre o quadro da epidemia na capital potiguar. “Nesse ano tivemos muitos casos e baixo número de mortes. E a evolução para o óbito foi muito abrupta”. Até agora Natal tem uma morte confirmada em razão da dengue e três estão sob investigação para a confirmação ou não.
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Mosquito adota estratégias de sobrevivência

Vale lembrar que ser infectado por um tipo de vírus não protege o indivíduo dos outros três subtipos. Pior: ter dengue mais de uma vez favorece a evolução para a forma forma hemorrágica da doença. “Alguns pacientes podem apresentar sangramentos no nariz, gengiva, as mulheres podem ter sangramento vaginal. Isso é uma suspeita de dengue hemorrágico, mas essas pessoas podem ter esses sangramentos por outro motivo”, explicou.

Luz também informou que a forma mais agressiva da doença afeta de forma mais intensa pessoas brancas. “Um negro quase não morre de dengue. Quanto mais branca a pessoa, mais chances de morrer por dengue hemorrágico. Mas se a pessoa for negra e for diabética  também tem grande propensão a ter dengue hemorrágico. Então se é hipertenso, se tem anemia falciforme [doença com grande prevalência entre pessoas negras] tem grandes chances de morrer dessa doença”, disse Kleber Luz.

Diferente do que muita gente pensa, o vírus da dengue não é nato do Aedes aegypti. A infecção do mosquito se dá quando ele pica um ser humano durante o período de incubação da doença (momento depois da picada por um outro mosquito infectado, mas ainda apresentar sintomas), que em média dura de 5 a 6 dias.

Depois de infectado, o vírus se desenvolve no intestino médio do mosquito e daí se espalha para o resto do organismo até chegar às glândulas salivares, responsáveis finais pela transmissão ao ser humano. Não há registros de casos de transmissão entre humanos. Além da dengue, o Aedes aegypti pode transmitir também a febre chikungunya e a zika.

Classificação técnica
O vírus da dengue é classificado como um “arbovírus”. Ele só se mantém na natureza graças aos mosquitos que se alimentam de sangue (hematófagos) do gênero Aedes. O vírus é da família “flaviviridae”, igual ao vírus da febre amarela. 

Tribuna do Norte

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