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quarta-feira, 15 de julho de 2015

Montanhas de gelo apontam água em Plutão

As primeiras imagens transmitidas pela New Horizons do sobrevoo feito de Plutão nesta terça-feira (14) trazem a promessa de revolucionar nossa compreensão de muitos objetos em nosso sistema planetário — talvez até a Terra. Mas vamos primeiro nos concentrar no que dá para ver de cara: montanhas de gelo de água na superfície do planeta anão!

Esse pedaço da superfície fica ao sul da região do “coração”, que a equipe da sonda da Nasa decidiu batizar de Tombaugh Regio, em homenagem a Clyde Tombaugh, o astrônomo que descobriu Plutão, em 1930. 

A sacada é: não existe nenhuma cratera — pelo menos que os cinetistas tenham encontrado — nessa imagem, e o planeta anão vive num cinturão de objetos, o que significa que pancadas devem ser comuns. (Dê uma olhada na superfície de Ceres, no cinturão de asteroides, para referência). Isso, e mais as agudas montanhas, com cerca de 3.000 a 4.000 metros de altitude, sugere que essa superfície é extremamente nova. John Spencer, cientista da missão, deu um palpite informado de que essas superfícies devem ter menos de 100 milhões de anos — o que é um piscar de olhos, para um objeto que tem 4,6 bilhões de anos de idade.

Em resumo: Plutão está geologicamente ativo!

Agora, quer saber o mais empolgante disso? Não é por força de maré, o mecanismo que se atribui à atividade de mundos como as luas Europa (Júpiter) e Encélado (Saturno). Como Caronte, a maior lua de Plutão, está numa órbita circular e ambos mantêm a mesma face voltada um para o outro, não existe estresse de maré para manter essa atividade. Então, o que acontece? Quem esqueceu o “motor geológico” de Plutão ligado por 4,5 bilhões de anos? É um mistério. O mecanismo a impulsionar a geologia de Plutão é desconhecido.

E mais: Caronte também é geologicamente ativo. Uma imagem mais próxima da lua, revelada hoje, mostra menos crateras do que se esperava, e terrenos bem lisos — o que implica novos –, além de falhas que têm toda a cara de tectonismo. Recente. Se pá, o mesmo mecanismo que manteve Plutão ativo está trabalhando em sua maior lua também.

Spencer apresentou duas possíveis explicações para a atividade recente, e você vai adorar ambas. Uma é que Plutão tem suficiente calor emitido por elementos radioativos no seu interior para manter o motor geológico funcionando. É o que acontece na Terra, e por isso temos vulcões, terremotos e tudo mais. Só que a Terra é cinco vezes maior. Grande surpresa. Principalmente porque, no caso de Plutão, o manto é de gelo de água, e não de rocha, como na Terra. Isso significa que provavelmente há mesmo água líquida sob a crosta gelada.

E a outra explicação? O calor interno radioativo do núcleo rochoso já se foi há tempos, mas o oceano interno segue gradualmente se congelando e, com isso, liberando calor que leva à atividade geológica na superfície.


A implicação disso é que não só Plutão é um lugar incrível, mas os geofísicos terão muito trabalho pela frente para explicar por que suas explicações atuais para o calor interno de planetas não se encaixam aos fatos. 
Mensageiro Sideral UOL

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