Depois de um amplo debate, que começou ontem
(22) e se estendeu até a madrugada de hoje (23), foi aprovado pelo Parlamento
grego o segundo pacote de reformas necessário para que avancem as negociações
com credores internacionais sobre a ajuda financeira de 86 bilhões de euros à
Grécia.
Foram 230 votos favoráveis e 63 contrários. Um
grupo de 36 parlamentares do Syriza, partido do governo, ou disse não ou se
abstive de votar. Com a dissidência da base, o primeiro-ministro Alexis Tsipras
mais uma vez teve que contar com votos da oposição para garantir a aprovação do
pacote.
O ex-ministro de Finanças Yanis Varoufakis, que
na votação do dia 15 de julho disse não ao primeiro pacote, desta vez, apoiou
as medidas. Para ele, as reformas são benéficas ao país. O texto aprovado na
madrugada, de mais de 900 páginas, altera o código civil para acelerar o
sistema Judiciário e regular o saneamento dos bancos.
Em pronunciamento aos parlamentares durante a
madrugada, Tsipras afirmou que o acordo salvará a Grécia da falência e
preservará a posição do país na zona do euro. “Fizemos escolhas difíceis e
agora temos que nos adaptar a esta situação”. Ele enfatizou que discorda de
muitas das exigências dos credores internacionais, mas que as medidas são
necessárias neste momento.
O resultado permite à Grécia iniciar
negociações formais com credores internacionais para efetivação de um programa
de ajuda financeira que garanta empréstimos a Atenas no total de 86 bilhões de
euros ao longo de três anos. Este é o terceiro programa de ajuda ao país desde
2010.
Agência Brasil
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