O ex-governador do Rio Grande do Norte Fernando
Freire chegou a Natal no início da tarde desta segunda-feira (27). Ele foi
preso na manhã do sábado (25), em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Contra Freire, que é condenado a 13 anos e 4 meses de prisão e 400 dias-multa
por peculato, havia quatro de mandados de prisão expedidos pela Justiça
potiguar.
Fernando Freire chegou a Natal em um voo
comercial. Ele foi escoltado por dois delegados. Do avião, ele entrou direto em
um carro e saiu do aeroporto pelo terminal de cargas, sem ter contato com a
imprensa. De lá, ele seguiu direto para o quartel do Comando Geral da Polícia
Militar, no bairro do Tirol.
De acordo com a Secretaria de Segurança, Freire
estava sendo monitorado havia duas semanas. Contra o ex-governador há mandados
de prisão preventiva expedidos pelos juízes responsáveis pelas 4ª, 7ª e 8ª
Varas Criminais de Natal. Após ser detido, ele foi levado para a 12ª DP, em Copacabana.
Fernando Freire já havia sido preso
anteriormente em 2007 quando foi acusado pelo Ministério Público do RN de estar
“manobrando para impedir a realização do seu interrogatório, evadindo-se do
distrito da culpa”. O interrogatório do qual ele é acusado de evitar diz
respeito ao processo no qual foi denunciado por suposto desvio de R$ 346.024,02
do Governo do Estado, em maio de 2007.
O pedido de prisão preventiva foi feito pela
Promotoria do Patrimônio Público do Rio Grande do Norte em novembro de 2007,
quando o membro do MP informou, à época, que tentava ouvir o ex-governador
desde 31 de agosto daquele ano.
A ação que resultou na prisão do ex-governador
contou com a participação do serviço de inteligência da Secretaria de Estado da
Segurança Pública do Rio Grande do Norte (Sesed) que repassou informações à
Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro.
Prejuízo de R$ 57,8 mil
As investigações apontaram que Freire cometeu
desvio de dinheiro público entre fevereiro e novembro de 2002, quando foi
vice-governador e, depois, governador do Rio Grande do Norte. O prejuízo
estimado aos cofres públicos foi de R$ 57.832,13 em valores da época.
De acordo com os autos do processo, Fernando
Freire desviou recursos públicos mediante o pagamento de 83 cheques-salários em
favor de 14 parentes e correligionários do então vereador Pio Marinheiro,
contemplando-lhe interesses pessoais e político-eleitorais. No entanto, os
beneficiários não eram servidores públicos e não guardavam qualquer vínculo
funcional com o Estado e os pagamentos foram feitos sem qualquer respaldo
legal, realizados sempre sob a intermediação direta do réu.
G1 RN
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