"O
Programa de Proteção ao Emprego, a nosso ver, só tem um impacto significativo
basicamente no setor industrial. No caso do comércio, cada empresa precisa
avaliar sua situação, uma vez que junto com a adesão ao plano, virão algumas
obrigações de manutenção de estabilidade dos colaboradores, o que nem sempre é
possível e viável. Ora, se uma loja vê cair o número de clientes, por exemplo,
ela precisará de menos vendedores para atendê-los. Manter o mesmo número de
vendedores é inviável, mesmo com a redução do seu custo efetivo direto. No
setor de Serviços isso é ainda mais complicado. Vejamos o caso de uma empresa
do segmento de Limpeza e Vigilância, por exemplo. Se ela perde um contrato no
qual disponibilizava 500 funcionários, ela simplesmente não tem como manter
estes 500 funcionários. Repito, cada caso é um caso e pode ser que
eventualmente algumas empresas do comércio e dos serviços enxerguem viabilidade
em aderir ao programa. Mas, de uma maneira geral, acredito que ele não atende
aos segmentos que a Fecomércio RN representa. Além disso, como o Rio Grande do
Norte tem uma economia fortemente atrelada ao setor terciário, arrisco dizer
que o Estado terá pouco ou quase nenhum benefício com este Programa
Federal."
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