Tropas federais participam da 'Operação Potiguar'
na Grande Natal (Foto: Fabiano de Oliveira/ G1)
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Após a prorrogação da Operação
Potiguar até o próximo dia 23, o Comando da Operação Potiguar avalia que a
população do Estado retoma a sua rotina de normalidade. Até o momento, Exército
Brasileiro, Marinha do Brasil e Força Aérea Brasileira desenvolveram, em
cooperação com os Órgãos de Segurança Pública, mais de 2.800 ações operacionais
na Região Metropolitana de Natal.
Esse número compreende 1.859 operações de
patrulhamento motorizado, blindado e a pé, 800 pontos estáticos, 33 Postos de
Controle e Bloqueio de Vias Urbanas, 74 ações de reconhecimento, 28 operações
costeiras e fluviais, controle de áreas estratégicas, dentre outras ações. Com
essa presença no cotidiano da população, as ocorrências relacionadas aos
ataques caíram consideravelmente, segundo os números que estão sendo divulgados
pela Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Norte.
Áreas que antes estavam
ameaçadas pelas ações de vandalismo, tais como escolas, hospitais, bancos,
pontos turísticos, corredores de mobilidade de transporte público e principais
vias de acesso à capital, retomaram a sua rotina de normalidade.
O governador do Rio Grande do
Norte, Robinson Faria, declarou que pretende instalar bloqueadores de celular
nos principais presídios potiguares nos próximos 30 dias. Além disso, ele
também afirmou que já solicitou a presença da Força Nacional para suprir a
ausência das Forças Armadas, que devem deixar o estado na terça-feira (23). A
instalação de bloqueadores de celular na Penitenciária de Parnamirim, feita no
dia 28 de julho, é apontada pelo próprio governo como a principal motivação
para ataques criminosos que vêm ocorrendo no estado desde o dia 29.
O governador afirmou que o
processo já está em andamento. "Estamos tratando da questão legal, de
apressar a tramitação. Temos toda boa vontade do Ministério Público Estadual e
do Tribunal de Contas. Nossa intenção é de, no máximo 30 dias, concluir [a
instalação] nos principais presídios". Ele também disse que não vai
recuar. "Foi uma decisão inédita, ao mesmo tempo que era fundamental para
ter um Estado com padrão de segurança que o povo deseja e tem direito. Está
comprovado que a violência parte de dentro dos presídios. Os líderes das
facções criminosas, através dos celulares, comandam o crime aqui fora. Quando
você tira esse instrumento, você passa a ter um maior padrão de
segurança".
Faria também declarou que já
solicitou o retorno da Força Nacional para suprir a ausência das Forças
Armadas, que devem deixar o estado na próxima terça. "Já falei com o
ministro [interino da Casa Civil] Eliseu Padilha para que, quando acabar as
Olimpíadas, a Força Nacional venha porque vamos precisar de um reforço em
nossas polícias. Também falei com o ministro Raul Jungmann, [interino da
Defesa]. Já solicitei e já está sendo tratado".
G1RN
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