Um estudo no Brasil com 70
bebês de mães que contraíram o vírus da zika registrou que quase 6% teve perda
de audição, acrescentando o problema à lista de doenças que o vírus pode causar
quando mulheres são infectadas durante a gravidez.
O estudo brasileiro, publicado
nesta terça-feira (30) no relatório semanal sobre mortes e doenças do Centro de
Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, confirmou relatos menos
rigorosos sobre surdez entre bebês nascidos de mães infectadas pelo o vírus da
zika, que é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.
A descoberta é parte de um
esforço para caracterizar de forma total as possibilidades que o vírus pode
causar durante a gravidez. Ele é mais conhecido por causar microcefalia, mas
outros estudos indicam que pode provocar outras anomalias cerebrais, problemas
de visão e alterações nas juntas.
No estudo mais recente, uma
equipe liderada pela doutora Marli Tenório e pelo doutor Ernesto Marques, da
Fundação Oswaldo Cruz de Pernambuco, examinou registros de 70 bebês com
microcefalia, cujas mães tiveram infecções confirmadas durante a gravidez.
Os pesquisadores descobriram
que quase 6% dos bebês tiveram perda de audição sem qualquer outra causa
plausível.
Diversas outras infecções
virais durante a gravidez podem causar perda de audição, incluindo rubéola e
citomegalovírus, ou CMV. O estudo recente acrescenta a zika à lista.
Cientistas dizem que o vírus
da zika agora pode ser considerado fator de risco para perda de audição, e
crianças que foram expostas durante a gravidez e apresentam audição normal
devem ser checadas regularmente para perda progressiva de audição.
A ligação entre o vírus da
zika e microcefalia foi descoberta no Brasil no ano passado e já há mais de
1.800 casos confirmados.
Bem Estar, G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente