Considerada a maior obra pública em execução no Brasil, a expectativa da transposição do rio São Francisco é de beneficiar 12 milhões de pessoas. Porém, quando prontos, os canais só levarão água a três estados nordestinos: Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. Passados cinco anos, a obra tem apenas 36% de seu cronograma concluído e a previsão para o término é 2015. Ainda há cerca de cinco dos 14 lotes tocados por empreiteiras paralisados.
A solução é defendida pelo governo como alternativa para cumprir a meta de universalização do acesso a água até 2016, e também utilizada como escudo para rebater as críticas de falta de investimentos no semiárido brasileiro. Porém, segundo o cientista social Roberto Malvezzi, o projeto para depositar água nos grandes açudes não vai sequer chegar à população que mais precisa, no agreste. Somente 4% do total de água está previsto para a chamada população difusa.

O especialista em recursos hídricos explica que o Nordeste tem um número grande de água represada, mas a população não tem acesso. "Não há medidas efetivas no Nordeste para que essa água existente chegue às torneiras. Entra governo e sai governo, não resolvem", critica.
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