Com um índice perto dos 80% de desaprovação popular em Natal pesando sobre os seus ombros, a governadora Rosalba Ciarlini ensaia uma reação.
Uma guinada administrativa que possa reverter os estragos que sua imagem como gestora vem sofrendo.
As recentes mudanças no Secretariado estão longe de representar uma tentativa isolada para melhorar o desempenho do Governo e, como consequência, o seu ibope junto aos potiguares.
A antecipação do pagamento da primeira parcela do 13º salário, que começou hoje pela manhã, é um dos itens que integram essa agenda positiva engendrada pela cúpula governista.
Ela também vem demonstrando que o governo busca medidas populares ou populistas.
É natural que o governo queira se reerguer perante a opinião pública. Mas adotar ações que resvalam para o populismo não pode ser a única solução apresentada.
É preciso ir além. Muito além.
Ou, quando não for possível implementar nenhuma ação realmente inovadora, o governo precisa fazer o básico, garantindo serviços minimamente dignos na área de Saúde, o que não tem conseguido, e trabalhando para anular problemas em setores não menos carentes, como a Segurança Pública e o sistema carcerário.
Qualquer coisa fora desse rumo pode até gerar um clima de euforia pontual, típico das ações cosméticas e superficiais.
Mas, ali adiante, pode acabar sendo encarado pela população como um verdadeiro gol contra.
E olhe que a copa ainda está a dois anos (apesar do estado se mostrar capenga e não estar cumprindo os prazos com as obras de mobilidade ou para a viabilidade da copa no RN), coisa que de tão alardeada, pode ser um tiro no pé, ou um tiro que pode sair pela culatra.
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