
Você costuma comer hambúrguer,
cachorro quente e salgados? O problema desses alimentos não é apenas o excesso
de calorias e gordura, mas também o fato de serem ingeridos na pressa, muitas
vezes em pé ou até mesmo no carro. E o modo como se come pode ser tão prejudicial
para a saúde quanto o que se come, alertam especialistas.
Comer sem pressa, sentado,
aproveitando o momento, faz uma grande diferença para o organismo. Apesar de
ser difícil fazer uma pausa na correria do dia a dia, se você se permitir ao
menos uma hora de sossego no almoço, isso já faz maravilhas para desestressar e
recarregar as energias. Sem contar que, quando se come sem pressa, é possível
saborear e aproveitar melhor os alimentos. E não é só: comer lentamente também
pode ajudar até mesmo a emagrecer.
Em todo o processo da
alimentação, a mastigação tem um papel crucial. “A digestão inicia na boca,
onde os alimentos são misturados a enzimas presentes na saliva. A mastigação, a
sensação do sabor dos alimentos tem papel na saciedade e participa da regulação
do apetite, porque existem conexões neurais entre os receptores de sabor
presentes na língua e no tubo digestivo e as regiões que regulam o equilíbrio
energético (calórico) no cérebro”, explica Márcio Mancini, chefe do grupo de
obesidade do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
(Universidade de São Paulo).
Pressa e estresse
Se muitas vezes nem prestamos
atenção no que estamos engolindo, quanto mais em como degustar os alimentos. A
mastigação torna-se automática, acelerada, sem que se perceba os sabores e as
texturas do alimento. E sem aproveitar todos os seus benefícios, também. Para
promover uma absorção de nutrientes de forma satisfatória é preciso auxiliar o
tubo digestivo a produzir mais enzimas e movimentos intensos. E isso se faz com
mastigação adequada e longa. Sem contar que a pressa contribui para o estresse
como um todo.
“Comer apressadamente favorece
a má digestão, o empachamento gástrico (barriga estufada) e, principalmente,
aumenta o estresse do organismo – ou seja, é um tipo de agressão física e
psicossocial ao organismo humano”, afirma Durval Ribas Filho, médico nutrólogo
e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).
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