Ex-presidente da Confederação
Nacional da Indústria (CNI), o empresário Fernando Bezerra, com passagem
política pelo Senado da República e pelo Ministério da Integração Nacional,
avalia como positiva a proposta do ex-deputado Ney Lopes de Souza (DEM), que
sugere um pacto pela governabilidade do Rio Grande do Norte.
“Seja qual for o quadro, acho
que tem que restabelecer condições de governabilidade, com um grande pacto em
torno dessa governabilidade, que envolveria, não apenas o Executivo, mas o
Legislativo e o Judiciário, através de uma análise mais aprofundada. Porque há
problemas sérios”, diz. “Eu não acredito que um governador deixe de pagar a
folha de pessoal porque quer. Ninguém de bom senso faria isso. Há dificuldade?
Como removê-la?”, afirma o empresário.
“Acho importante avançar no
pacto de governabilidade do futuro. A manter-se esse quadro, ficaria difícil
para quem quer que seja governador do RN.
Sobre 2014, Fernando Bezerra
admite estar “considerando a possibilidade” de ser candidato a governador, mas
salienta que o PMDB tem outros nomes, como Henrique, Garibaldi e Walter. “Eu
acho que Henrique tem condições de ser candidato, tem um talento muito grande,
nunca foi governador do RN. Eu o vejo como liderança nacional, num processo
bastante positivo, de amadurecimento político, um sujeito muito inteligente,
criativo”, diz, salientando que o fato de Henrique estar bem posicionado no cenário
nacional ajudará bastante em caso de ele vir a ser governador.
Do ponto de vista eleitoral,
segundo Bezerra, o ministro da Previdência, Garibaldi, é inquestionável. “Acho
e até suponho que Wilma de Faria (presidente do PSB) se colocando como
candidata a governadora, o nome mais forte num confronto com ela seria
Garibaldi. Digo isso pelo que vi nas pesquisas”, afirma, citando o deputado
estadual Walter como mais uma opção no PMDB.
VIABILIDADE
Entretanto, segundo Fernando
Bezerra, a discussão que deve ser feita, no atual momento, não é sobre nomes de
possíveis candidatos, mas sim, sobre as condições de governabilidade do estado.
“Na minha visão há um consenso, pelo menos é o que se lê nos jornais, de que há
um custo além das possibilidades do Estado em termos de gastos nos outros
poderes. Isso é verdade? A ser, dentro da construção de um pacto dessa
natureza, que poderia ser negociado como redutor desses custos? Tanto no
Legislativo como no Judiciário, como no Executivo, no Ministério Público? Acho
que é coisa que interessa à sociedade do RN. É uma coisa que transcende a
vontade política e até os partidos. Acho que é uma coisa que a sociedade deve
avançar nessa direção. Quem não acha que isso é fundamental para o futuro do
RN?”, avalia.
Sobre o quadro político,
Fernando Bezerra diz acompanhar apenas pelo noticiário. Para ele, as lideranças
maiores do PMDB analisam o quadro político. “O que tenho visto é que coisas
estão no stand by de uma maneira geral. Vi no jornal que Wilma não está
decidida se será candidata a governadora, se ela quer o Senado. Diante desse
conflito interno do PT, como ficaria isso? Acho que estão analisando esse
processo”, diz, informando que Henrique e Garibaldi estão “analisando que
alianças são possíveis”.
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