Apesar de abrigar 16,08% da
frota nacional de veículos, segundo o Departamento Nacional de Trânsito
(Denatran), a Região Nordeste se manteve como a que mais registrou indenizações
no Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre
(Dpvat), com 30% de todos os benefícios pagos entre janeiro e setembro de 2013.
De acordo com o boletim
estatístico da Seguradora Líder Dpvat, divulgado hoje (17), o Nordeste supera
até mesmo o Sudeste no número de benefícios pagos. A região mais populosa do
país concentrou 26% das indenizações, apesar de ter 50,16% da frota de veículos,
que, além de carros, inclui ônibus, caminhões e motos.
As duas regiões apresentam
diferentes perfis de acidentes. O Sudeste lidera, com 37%, o índice de mortes,
contra 28% do Nordeste, que registra um número maior de acidentados com
invalidez permanente (33%). O Sudeste contribuiu com 24% deste tipo de
indenização, que representou 73% do total de benefícios pagos até setembro
deste ano.
As motos, que correspondem a
44% da frota do Nordeste, envolveram-se em 82% das indenizações por invalidez
permanente, contra 15% dos carros. No número total de acidentes, o percentual
cai para 60%.
Entre os nove estados do
Nordeste, apenas na Bahia as indenizações por acidente com moto não são mais do
que 50% do total de benefícios pagos a parentes das pessoas que morreram. No
Piauí, a proporção chega a 68%.
“É preciso uma política de
conscientização do cidadão. As pessoas tiveram um mais acesso ao crédito e um
aumento de renda e isso aumentou a capacidade de aquisição do cidadão. Nas
regiões Norte e Nordeste, onde são mais precários os transportes públicos, as
pessoas optam pela moto, que é mais barata, mas, muitas vezes, sem estar
conscientes dos riscos que estão correndo. É preciso educar e fiscalizar mais”,
alertou o diretor-presidente da Seguradora Líder Dpvat, Ricardo Xavier.
No Sudeste, acidentes com
automóveis re
spondem a mais da metade das mortes no Rio de Janeiro (56%) e em
São Paulo (55%) e chega a 48% em Minas Gerais. O Espírito Santo, por outro
lado, registra 46% de mortes em ocorrências com motos e 40% com carros.
A unidade da federação onde as
motos representam a menor proporção de mortes é no Distrito Federal, com 26%.
Lá, os automóveis chegam a 62% dos acidentes fatais indenizados pelo Dpvat.
Como no Nordeste, na maior
parte do Norte os acidentes com moto geraram mais benefícios por mortes do que
os com carro, chegando a 63% em Roraima. Acre e Amapá são as únicas exceções.
Nos dois estados, houve mais mortes em ocorrências com carros (50% e 49%,
respectivamente).
A Região Sul lidera os pedidos
de reembolso de despesas médicas, com 40% do total nacional, contra 25% do
Sudeste e 19% do Nordeste. Entre esses pedidos, 64% são por acidentes
envolvendo motos.
No número total de
indenizações, o Sul fica em terceiro lugar, com 24%, apesar de ter a segunda
maior frota do país, com 19,94% do total nacional. O Centro-Oeste e o Norte
empatam em 10%, embora o primeiro tenha 9,02% da frota nacional e o segundo,
4,79%.
Agência Brasil
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