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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

MPRN INVESTIGA MORTES PARA PEDIR EXTINÇÃO DAS TORCIDAS ORGANIZADAS

A recente onda de violência entre integrantes de facções rivais em todo o Estado – inclusive com mortes – podem representar um processo gradativo de extinção das torcidas organizadas, no Rio Grande do Norte. O Ministério Público está investigando os casos registrados nos últimos 12 meses, envolvendo possíveis “rixas” entre as uniformizadas. O promotor de justiça José Augusto Peres é categórico ao falar sobre o assunto. Para ele, as 14 mortes registradas no ano passado e os atentados registrados já neste ano entre torcedores são elementos concretos para que o MP possa pedir o fim das uniformizadas nos estádios. “Esses elementos começam a surgir, principalmente com o trabalho feito pela delegada Alzira Veiga”, destaca.

Segundo Augusto Peres, o processo para a extinção dessas torcidas vai depender das provas que surgirão após a conclusão do inquérito da 10ª Delegacia de Polícia de Natal, que investiga a morte do estudante Flávio Augusto da Costa Leandro, de 17 anos, em novembro do ano passado. Ontem, a delegada titular, Alzira Veiga, deflagrou a Operação “Clássico Rei”, que culminou na prisão de dez integrantes da Tradição, Motivação e Vibração – TMV (antiga Máfia Vermelha, extinta pela justiça).

O grupo é apontado como responsável pela morte de Flávio August, assassinado a tiros na noite do dia 15 de novembro de 2013, em Neópolis, zona Sul de Natal. E é exatamente esse caso o que pode decretar a extinção das torcidas. “Vamos aguardar a finalização do inquérito para termos mais elementos. Mas o processo para extinção pode até ser feito mais rápido, desde que tenhamos essas provas antes da finalização do inquérito. Não podemos responsabilizar de imediato essas organizações pelas mortes recentes, mas tudo indica que o caminho é esse”, afirmou o representante do MP.

Contudo, o promotor alerta que o ato de acabar com as facções tem consequências. Peres comenta que sem a divisão entre “torcedores comuns” e “torcedores organizados” pode ser que surja uma espécie de proteção para os criminosos que utilizam um nome de uma organização para cometer crimes. Com a extinção em questão, os órgãos competentes – Polícias Civil e Militar, MP, Poder Judiciário – ganham responsabilidade no combate ostensivo para evitar a ação desses criminosos.
“É preciso manter o trabalho policial. Com o fim das torcidas organizadas a violência vai acabar? Não vai. Por isso nos exigirá mais atenção porque no momento em que se acaba com essas instituições, fica mais difícil a identificação dos marginais que se aproveitam para agir, hoje, usando o nome de uma torcida”, alertou o promotor.

O MP vem fazendo um trabalho investigativo tentando interligar os crimes envolvendo possíveis rixas entre torcidas, de acordo com Augusto Peres, ao contrário da Polícia Civil. De acordo com o delegado geral adjunto, Adson Kepler, a Civil trabalha isoladamente cada caso. “A Polícia Civil vem num trabalho de investigação sigilosa quanto a esses casos. Cada delegacia distrital faz esse trabalho que vimos nessa operação”, disse.


Para o presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Marcos Dionísio, é possível erradicar a violência entre torcidas. “No geral, os crimes não são solucionados, e quando são, não passamos de medidas socioeducativas. Esse é o problema. Por isso essa prisão é um fio de esperança para que o reino da impunidade no RN tenha um fim. Acho que para evoluirmos, é fundamental a criação da Divisão de Homicídios”, opinou Dionísio.

Flávio Augusto foi morto em novembro, após jogo do ABC
O adolescente Flávio Augusto da Costa Leandro, 17, foi morto próximo à passarela de Neópolis. Ele voltava para casa com mais dois jovens, um deles seu irmão, depois de saírem do Estádio Frasqueirão. O jogo era ABC e ASA de Arapiraca, pelo Campeonato Brasileiro da Série B, realizado no dia 15 de novembro de 2013. Todos estavam utilizando camisas ou algum acessório do clube potiguar.

Por volta de 21h, o grupo se encaminhava para casa, às margens da BR-101, quando um carro de cor preta se aproximou do e um de seus ocupantes efetuou disparos. Todos foram atingidos e levados para o Pronto-socorro Clóvis Sarinho. Segundo as investigações, Flávio não tinha envolvimento com torcidas organizadas e não costumava ir ao estádio. Aquela era apenas a segunda vez que o rapaz frequentara um estádio.  Seu irmão e o amigo sobreviveram, mas Flávio morreu no hospital.

A outra morte por suposto envolvimento com torcidas aconteceu no loteamento José Sarney, em Lagoa Azul, na zona Norte. O caso foi registrado na mesma noite. Quatro jovens com camisas do ABC voltavam para casa quando foram surpreendidos por disparos de arma de fogo, na Avenida Apucarana. Os tiros vieram de um carro que passou pelo grupo. Ismael Aprígio Teixeira, 18, foi socorrido, juntamente com seus colegas, mas não resistiu aos ferimentos.

Neste ano, em três oportunidades, desde a abertura da Arena das Dunas, torcedores do América foram alvos de atentados antes e depois de jogos do clube. O último ocorreu no dia 9 deste mês, quando três torcedores de uma organizada do América foram atacados por dois homens detidos pela Polícia Militar e que se identificaram como integrantes de uma facção do ABC.
Tribuna do norte

Um comentário:

  1. É colocar pra trabalhar pesado pra se manter num presidio no pé de uma serra, sem direito a ventilador e tomar só um banho por dia. Ai sim os outros tinham medo de fazer o mesmo.

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