Da TV Globo
Procedimento de investigação
interna aberto pela Receita Federal identificou
R$ 1,8 milhão não declarados no patrimônio do presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e de seu núcleo familiar entre 2011 e 2014.
O valor é identificado pelo
termo técnico de variação patrimonial “a descoberto”, o que significa se tratar
de um valor sem justificativa,
incompatível com a renda.
A informação foi publicada na
edição desta quinta-feira (7) do jornal “Folha de S. Paulo” e confirmada pela
TV Globo.
O patrimônio investigado
inclui também valores referentes à mulher de Cunha, Cláudia Cruz, e à filha
dele, Danielle Dytz da Cunha. A apuração da Receita Federal foi feita a pedido
da Procuradoria Geral da República (PGR).
Caberá a Cunha explicar à
Receita o motivo do crescimento patrimonial. O salário de Cunha como deputado
hoje é de R$ 33,7 mil.
Cunha nega
Procurado pelo G1, o
presidente da Câmara disse que desconhece o relatório da Receita e classificou
de "ilações" as informações de que possui patrimônio a descoberto.
"Desconheço o relatório e
não tenho qualquer renda ou patrimônio a descoberto. Às ilações responderemos
quando notificados. Não pode existir qualquer relatório se estou sob
fiscalização nesses anos citados e sem ter terminado [a fiscalização]. Logo,
isso me parece meio fantasioso. Por isso, nada mais a responder", afirmou.
Relatório
O relatório sobre aumento
patrimonial elaborado pela Divisão de Análises Especiais da Receita foi
concluído em 29 de outubro a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR).
A análise aponta que, somente
a filha de Cunha, Danielle, teve o patrimônio aumentado em mais de sete vezes.
O valor total passou de R$ 208 mil em 2010 para R$ 1,5 milhão em 2014. Apesar
da constatação feita pela Receita, não foi encontrada irregularidade.
Outra investigação sobre
Eduardo Cunha na Receita Federal identificou patrimônio também “a descoberto”
de R$ 50 mil em 2010.
Contas no exterior
Em outubro do ano passado, o
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF ) Teori Zavascki autorizou a abertura
de inquérito para apurar suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro em razão
de quatro contas na Suíça atribuídas a Cunha.
A existência das contas é
apontada em documentação enviada à PGR pelo Ministério Público suíço. Zavascki
também autorizou a investigação da mulher e da filha do parlamentar. Eduardo
Cunha nega ter contas no exterior.
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