A direção da Penitenciária
Estadual de Alcaçuz, maior presídio do Rio Grande do Norte, confirmou que os
três presos recapturados na manhã desta segunda-feira (2) foram os únicos que
conseguiram escapar. A confirmação, dada ao G1 pela direção da unidade, veio
após uma recontagem feita no pavilhão 4, de onde os detentos escaparam. Alcaçuz
fica em Nísia Floresta, cidade da Grande Natal.
"Não fugiu mais ninguém.
Numa ação rápida dos agentes penitenciários e PMs de plantão, conseguimos
recapturar Adson Pereira de Souza, Erinaldo Luiz Silva de Oliveira e João Maria
Caxias da Silva", afirmou Juciélio Barbosa da Silva, vice-diretor de
Alcaçuz.
Ainda de acordo com Barbosa,
os presos que fugiram pularam o muro da quadra do pavilhão e cavaram um buraco
por baixo do muro. Um dos guariteiros percebeu a movimentação e acionou a
guarda. "Agentes que trabalham aqui na penitenciária e PMs da guarda
partiram atrás dos presos e conseguiram recapturar os três dentro da
mata", ressaltou o vice-diretor.
Sistema em calamidade
O sistema penitenciário
potiguar não passa por um bom momento. E faz tempo. Em março de 2015, após uma
série de rebeliões em várias unidades prisionais, o governo decretou estado de
calamidade pública e pediu ajuda à Força Nacional. Para a recuperação de 14
presídios, todos depredados durante os motins, foram gastos mais de R$ 7
milhões. No entanto, o sistema permanece em crise. Seis meses depois, o decreto
de calamidade foi prorrogado por mais 180 dias e a permanência da Força
Nacional também renovada.
Já no dia 17 de março deste
ano, o governo do Rio Grande do Norte voltou a renovar o decreto de calamidade
no sistema prisional potiguar e mais uma vez pediu socorro à Força Nacional. A
renovação da calamidade, por mais seis meses, foi assinada pelo governador
Robinson Faria. O documento diz que a renovação tem por objetivo
"legitimar a adoção e execução de medidas emergenciais que se mostrarem
necessárias ao restabelecimento do seu normal funcionamento".
Fugas
Além das unidades depredadas e
da superlotação, as fugas também se tornaram um problema constante para o
Estado. Somente este ano, 188 detentos já escaparam do sistema prisional
potiguar. A média é de 11 fugitivos por semana.
G1 RN
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