
A bandeira vermelha patamar 2
já vigorou durante o mês de outubro, mas com valor menor: R$ 3,50 a cada 100 kWh
consumidos. O aumento, de 42,8%, foi aprovado nesta semana pela Aneel.
A justificativa para o
reajuste foi que a falta de chuvas e a situação delicada dos reservatórios das
hidrelétricas vêm exigindo o uso maior de energia das termelétricas (usinas que
geram eletricidade mais cara), mas o fundo formado pelos recursos das bandeiras
tarifárias não vinha sendo suficiente para cobrir o custo extra do setor.
Segundo a Aneel, "não
houve evolução na situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas em
relação ao mês anterior e, ainda que não haja risco de desabastecimento de
energia elétrica, é preciso reforçar as ações relacionadas ao uso consciente e
combate ao desperdício".
O sistema de bandeiras
tarifárias foi criado para sinalizar aos consumidores o custo da produção de
energia no país. O objetivo é permitir que os consumidores adotem medidas de
economia para evitar que suas contas de luz fiquem mais caras nos momentos em
que esse custo está em alta.
Com os reservatórios das
usinas hidrelétricas cada vez mais baixos, por causa da estiagem, o sistema
elétrico depende cada vez mais de usinas térmicas, que geram energia mais cara
pois funcionam por meio da queima de combustíveis.
A cor verde indica que o custo
é baixo. A amarela, que ele subiu um pouco. A vermelha, patamar 1, que está
alto. E a vermelha, patamar 2, que está muito alto.
Novos valores
Nesta semana, a Aneel elevou
de R$ 3,50 para R$ 5,00 a taxa extra cobrada com o acionamento da bandeira
vermelha patamar 2. A agência reguladora manteve em R$ 3,00 o valor do patamar
1 da bandeira vermelha. Já a taxa da bandeira amarela caiu pela metade, de R$ 2
para R$ 1 a cada 100 kWh.
Apesar dos novos valores já
vigorarem em novembro, a proposta ainda passará por audiência pública e poderá
ser alterada.
Além de mudar os valores, a
Aneel também alterou o mecanismo de acionamento das bandeiras. Além do custo da
energia da usina térmica mais cara, a mudança de cor também levará em
consideração o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas.
A alteração foi proposta
depois que a Aneel verificou que os atuais valores não têm sido suficientes
para pagar pelo custo extra de geração da energia com o uso mais intenso de
termelétricas.
G1
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