Durou cerca de 30 minutos o
depoimento da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ao juiz federal Sergio Moro nesta
sexta-feira (27). Dilma é testemunha de defesa do ex-presidente da Petrobras
Aldemir Bendine no processo em que ele é réu por corrupção passiva, lavagem de
dinheiro, pertinência a organização criminosa e embaraço à investigação.
A ex-presidente chegou por
volta das 10h50 na sede da Justiça Federal em Belo Horizonte para prestar o
depoimento, por videoconferência, a Moro, que atua em Curitiba. Dilma esteve na
Justiça Federal acompanhada do advogado Leonardo Isaac Yarochiwsky.
O conteúdo do depoimento de Dilma
ainda não foi divulgado pela Justiça Federal no Paraná.
Dilma não falou com os
jornalistas que aguardavam o fim de seu depoimento. Questionada sobre se
pretende se candidatar ao Senado em 2018, ela deu respostas curtas. “Está
vendo? Por isso não convoquei uma coletiva”.
Na frente do prédio da Justiça
Federal na capital mineira, não havia nenhuma movimentação diferente do comum.
Não havia manifestantes contrários nem a favor da ex-presidente.
Bendine, que chegou à
Petrobras durante o governo de Dilma, em 2015, é investigado pela força-tarefa
da Operação Lava Jato no MPF (Ministério Público Federal) suspeito de ter
recebido R$ 3 milhões em propina da empreiteira Odebrecht.
Pedido
O executivo, segundo os
procuradores, pediu a vantagem indevida para que a Odebrecht “não fosse
prejudicada em seus interesses na Petrobras”. Ele teria tentado atrapalhar a
Justiça ao, após descobrir, em 2017, que era investigado, simular um serviço de
consultoria para a empreiteira, de acordo com a denúncia.
A defesa de Bendine nega os
crimes e pediu sua absolvição sumária. Sobre a denúncia, seus advogados a
consideram inepta.
Além do ex-presidente da
Petrobras, outras cinco pessoas são rés no processo. Entre elas, está o
ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht.
A etapa de oitiva de
testemunhas dos acusados nesta ação penal já está em sua reta final. As últimas
audiências já marcadas acontecem na semana que vem. Moro já definiu as datas
dos interrogatórios dos réus. Odebrecht será ouvido em 9 de novembro e Bendine,
no dia 22 do mesmo mês.
Na sequência, as defesas fazem
pedidos a Moro para acrescentar novos itens ao processo e apresentam suas
alegações finais. Apenas após a apresentação das observações dos defensores é
que o juiz irá proferir sua sentença. Pelo andamento do processo, é provável
que isso aconteça apenas no ano que vem.
UOL
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