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O ministro de Minas e Energia,
Fernando Coelho Filho, em evento no Rio de Janeiro (Foto: Daniel Silveira/G1)
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O ministro de Minas e Energia,
Fernando Coelho Filho, admitiu nesta segunda-feira (30) que a conta de luz
poderá ficar ainda mais cara no país. Questionado sobre se o Comitê de
Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) poderá vir a despachar fora da ordem de
mérito, ou seja, acionar as usinas elétricas sem considerar o menor valor
cobrado, ele admitiu que é uma possibilidade.
“Está sendo cogitado,
decidido, não”, declarou o ministro sobre a possibilidade do governo passar a
autorizar a produção de energia mais cara, cujo custo será, invariavelmente,
repassado ao consumidor.
“Não há um risco mais severo
de desabastecimento, porém vai ter um impacto como já vem tendo na tarifa para
o consumidor”, afirmou.
A mudança está em discussão
para preservar os reservatórios das hidrelétricas, que estão em baixa diante da
falta de chuvas.
Coelho Filho disse que há a
expectativa de que a chegada das chuvas reverta essa tendência. Ele admitiu,
porém, que as projeções indicam que o período chuvoso não será suficiente.
Hoje, as termelétricas são
ligadas dentro da chamada ordem de mérito, ou seja, são ligadas apenas as
termelétricas que estão dentro de um limite de preço.
O fim dessa ordem liberaria o
acionamento de qualquer termelétrica, o que poderia aumentar a participação da
energia gerada pelas térmicas no total. A energia termelétrica custa mais caro
que a produzida nas hidrelétricas.
O brasileiro já vem pagando
mais caro pela conta de luz. A taxa extra cobrada quando a bandeira tarifária
está vermelha aumentou de R$ 3,50 para R$ 5 na última terça-feira. A conta de
luz de novembro já terá essa tarifa extra.
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Veja os valores de cada bandeira tarifária (Foto: Arte/G1)
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Eletrobras
O ministro esteve no Rio de
Janeiro para um almoço com empresários do setor elétrico que participam do
seminário sobre Matriz e Segurança Energética Brasileira, promovido pela
Fundação Getulio Vargas. Ele atendeu a imprensa antes do encontro com os
executivos.
Na ocasião, Coelho Filho disse
que pretende enviar ainda nesta semana a proposta de modelagem da privatização
da Eletrobras à Casa Civil, que ficará responsável por defini-la.
Para fechar a proposta, o
ministério depende da análise do presidente Michel Temer. Segundo o ministro, o
problema de saúde que afastou o presidente temporariamente do trabalho adiou a
análise do parecer. Todavia, a expectativa é que isso aconteça ainda na quarta-feira
(1), véspera do feriado de Finados.
“Ficará a cargo da Casa Civil
definir se a modelagem será por meio de um projeto de lei com caráter de
urgência urgentíssima ou se por meio de uma medida provisória”, disse.
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