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Túnel usado no assalto ao Banco Central, em Fortaleza — Foto: Divulgação
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Um dos envolvidos no furto do Banco Central de Fortaleza,
ocorrido em 2005, terá sua pena reduzida sem nunca ter sido capturado. A defesa
de Antônio Artenho da Cruz, conhecido como o "Bode", foi comunicada
nesta segunda-feira (8) que a Justiça decidiu em favor dele pela extinção da
punibilidade pelo crime de formação de quadrilha. Com isso, Artenho terá 3 anos
a menos de tempo de prisão. O acusado, no entanto, permanece na condição de
foragido pelos crimes de lavagem de dinheiro e furto qualificado.
Nascido em Boa Viagem, a cerca de 220Km de Fortaleza, ele
é o único envolvido no furto que nunca foi preso. Apesar da decisão expedida
pela 12ª Vara da Justiça Federal do Ceará, não há previsão de que ele se
entregue.
"Esclarecemos que encontra-se em trâmite no Superior
Tribunal de Justiça (STJ) habeas corpus requerendo a decretação da extinção da
pena em relação ao delito de lavagem de dinheiro, por atipicidade da
conduta", disse a advogada Erbênia Rodrigues, que representa a defesa de
'Bode'.
Há pouco mais de um ano, em junho de 2017, o STJ decidiu
reduzir a pena de Artenho de 27 anos e sete meses para 13 anos de prisão.
Agora, a previsão, é que mais três anos sejam descontados. A maior sentença
contra ele foi proferida em decisão de janeiro de 2008.
Para a Justiça Federal, o acusado tem "personalidade
desvirtuada e voltada para o crime, bem como suas condutas sociais
reprováveis". A Polícia Federal (PF) identificou que ele foi um dos
escavadores do túnel, que chegou ao cofre do BC. Em pelo menos duas situações,
a Polícia esteve perto de capturar Artenho, que costumava visitar o pai, em uma
fazenda, em Boa Viagem.
Mais de R$ 164 milhões levados
O furto ao Banco Central de Fortaleza ocorreu após três
meses de planejamento e escavações. A quadrilha conseguiu sair de uma
residência, e chegar ao cofre da instituição e furtar mais de R$ 164 milhões,
no dia 5 de agosto de 2005, por meio de um túnel.
Durante os dez primeiros anos, 133 pessoas foram
denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF), sendo 94 destes condenados.
G1
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