
Os investigadores da Delegacia
de Combate à Corrupção (Decor) chegaram ao nome da empresa distribuidora de
gás, sediada no bairro de Candelária, em Natal, após receberem relatório da
Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) comunicando a suspeita sobre a
documentação apresentada pela empresa que certificaria a qualidade do gás hélio
ultrapuro 6.0, em processo de aquisição para utilização do órgão de perícia
cearense.
Após ser questionada por
servidores da Pefoce, a empresa potiguar forneceu documentos e certificações
alegando que o produto em questão estaria em conformidade com os padrões de
qualidade. A partir deste retorno, a Pefoce entrou em contato com a empresa
responsável pela fabricação e certificação do gás, que negou qualquer emissão
de certificado de qualidade para a distribuidora potiguar. Tampouco os modelos
de certificados emitidos pela empresa coincidiam com os originais da empresa
certificadora.
Diante das inconsistências dos
documentos, a Delegacia de Combate à Corrupção (Decor) reuniu outras provas da
possível prática de crime contra a administração pública que colaborassem para
o deferimento dos mandados de busca e apreensão em alvos da empresa, que
incluíram a sede e endereços dos proprietários. Os mandados da Operação Hélio
6.0 foram cumpridos em Fortaleza e em Natal, onde foram recolhidos diversos
documentos, bem como cilindros utilizados para armazenar os gases. Todo o
material será analisado no curso das investigações. Após a detecção da
inconsistência e início das investigações, a Perícia Forense do Estado do Ceará
(Pefoce) suspendeu o processo de aquisição.
Os documentos e selos
apreendidos serão enviados para o Núcleo de Perícia Documentoscópica e Contábil
(NUPDC) da Coordenadoria de Perícia Criminal (Copec) da Pefoce, para verificar
a autenticidade do material recolhido, no intuito de descobrir se houve
manipulação ou adulteração nos dados, nas assinaturas, nos selos, entre outros
detalhes.
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