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BR-101, em Natal, foi alvo de
estudo por aluno da pós-graduação da UFRN — Foto: Klênyo Galvão/ Inter TV
Cabugi
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O trânsito do Rio Grande do
Norte apresentou queda de 15% no número de mortes nos meses de janeiro a
outubro de 2019 comparado com o mesmo período de 2018. Foram 414 vítimas fatais
neste ano contra 487 no ano passado. Os dados são do Centro Integrado de
Operações em Segurança Pública (Ciosp) do Instituto Técnico-Científico de
Perícia (ITEP-RN) e do Setor de Estatística do Departamento Estadual de
Trânsito do RN (Detran-RN).
A maior queda em vítimas
fatais por tipo de acidente foi em casos de colisão com animais (75%). Em 2019
foram três mortes, contra 12 em 2018. Houve diminuição de 70,8% nos óbitos em
acidentes envolvendo motociclistas. De janeiro a outubro deste ano foram 52,
contra 178 do mesmo período no ano passado.
No entanto, houve crescimento
de 800% em mortes causadas por queda de veículo. Foram 18 vítimas fatais neste
ano, contra apenas duas no ano anterior. Também foi registrado um incremento de
82,7% no número de mortes em acidentes não declarados. Em 2019, o Detran
notificou 285 casos contra 156 no ano passado.
De acordo com Flávio Câmara,
subcoordenador de Educação no Trânsito do Detran-RN, o órgão trabalha com
blitzen educativas e palestras para conscientizar condutores. Para prevenir
acidentes com mortes envolvendo motociclistas profissionais, o órgão
desenvolveu um trabalho de formação com curso de motofretista na Escola Pública
de Trânsito (Eptran).
Câmara ressalta que o alerta
para o uso do capacete e a informação sobre os perigos de combinar álcool e
direção são temas muito abordados. "Percebe-se uma mudança positiva no
comportamento dos condutores. Um exemplo é a cidade de Nova Cruz onde boa parte
da população passou a utilizar o componente, evitando mortes e lesões no
trânsito", exemplificou.
O subcoordenador ainda
ressaltou que o Detran desenvolve campanhas educativas para conscientizar a
população e aponta que ações pontuais como Maio Amarelo e campanhas de
valorização da faixa de pedestre são as mais eficazes. "O cidadão deve ter
a consciência que quando sofre um acidente não é só ele quem sofre. Existe um
ciclo enorme após o trauma", ressalta.
Para Luciana Lima,
especialista em trânsito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN),
os dados do estado são compatíveis com números nacionais. Foram 6.243 mortes no
trânsito no Brasil em 2017 e 5.269 em 2018, redução de cerca de 16% mesmo com
aumento da fota da veículos em 1,9% no país, segundo levantamento da
Confederação Nacional do Transporte (CNT) e Sindipeças.
A especialista acredita que um
aumento do número de automóveis nas ruas não está ligado diretamente a um
aumento de acidentes com mortes. "O comportamento dos motoristas,
condições da via, dos veículos e ações de fiscalização devem ser levados em
consideração", observa.
Luciana afirma que automóveis
mais novos são responsáveis por ganho de segurança na hora de acidentes.
"Uma frota mais nova pode significar também veículos mais modernos, que
oferecem maior segurança, diminuindo as chances de acidentes fatais",
ponderou.
G1RN
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