Não há data definida para o início dessa ação. Apesar disso, o governo diz que a determinação aos secretários de pastas vinculadas às políticas de atendimento às mulheres e adolescentes é para que seja o mais rápido possível.
Uma enquete sobre saúde e dignidade menstrual realizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) em todo o Brasil aponta que entre as mais de 1.730 pessoas entrevistadas — a maioria entre 13 e 24 anos —, 82% menstruam e 18% não.
E, entre quem menstrua, 62% afirmam que já deixaram de ir à escola, ou outros lugares por causa da menstruação. Além disso, 73% dizem que já sentiram constrangimento na escola ou em outro lugar público por conta menstruação.
“Essa situação causa indignação, e nos tocou profundamente”, disse Fátima Bezerra.
O governo estima que a maior demanda reprimida é estimada em 30 mil adolescentes de escolas da rede pública estadual, que serão atendidos através da Secretaria Estadual de Educação.
O projeto do governo prevê que cada secretaria deve adquirir esses produtos, de acordo com a demanda inerente à pasta de atuação. Por exemplo, a Secretaria de Administração Penitenciária ficará responsável por atender à demanda nas unidades do sistema geridas pelo Estado.
Essas adolescentes e mulheres em situação de vulnerabilidade devem estar cadastradas no CadÚnico ou no Programa Bolsa Família.
As equipes do Governo do RN discute ainda o Programa de Combate à Pobreza Menstrual, que visa atender também as adolescentes e mulheres em situação de rua, as adolescentes que cumprem medidas socioeducativas e as mulheres privadas de liberdade.
"Nenhuma menina precisará mais faltar aula, ou usar miolo de pão nos dias em que estiverem menstruadas. A pobreza menstrual precisa ser enfrentada e essa será mais uma ação do nosso governo”, destacou Fátima Bezerra, ao reunir parte da sua equipe e anunciar as medidas.
G1RN
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