No jargão eleitoral, o termo "cristianização" é usado quando um candidato é abandonado pelos próprios aliados.
Trata-se de uma referência aos anos 1950, quando o então candidato à Presidência Cristiano Machado foi traído pelos companheiros de PSD, que optaram por apoiar Getúlio Vargas, do PTB.
Entre parlamentares do Centrão, há um senso de pragmatismo. A avaliação é: a rejeição de 55% é proibitiva para quem disputa a reeleição e pode prejudicar a campanha de deputados, senadores e governadores.
Especialmente na região Nordeste, onde o ex-presidente Lula aparece com 63% das intenções de voto.
A percepção é que, mesmo com o lançamento do programa Auxílio Brasil, com o pagamento de R$ 400 para as famílias mais pobres, não haverá espaço para reversão na popularidade de Bolsonaro.
"Nesse momento, Bolsonaro ficou muito pesado para ser carregado pelas bases. Nesse cenário, é melhor se afastar para não ser contaminado pela rejeição", explicou uma influente liderança do Centrão.
G1
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