Na prática, o recurso para o financiamento das campanhas políticas no ano que vem será 144% maior do que o valor destinado na eleição de 2020, de R$ 2 bilhões. É mais do que o dobro do gasto para irrigar as candidaturas. Caciques do Centrão dizem nos bastidores que, dessa forma, a peça orçamentária será aprovada.
O relator propôs inicialmente um valor de R$ 5,1 bilhões para o chamado “fundão”. Diante de críticas, reduziu para R$ 4,7 bilhões e direcionou a diferença para a gastos com educação. A mudança, porém, causou reação do Centrão na Câmara, o que fez com que Leal apresentasse uma nova versão do parecer com R$ 4,9 bilhões para o fundo eleitoral.
Na semana passada, o Congresso derrubou o veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao aumento do financiamento para as campanhas do ano que vem. Na Câmara, foram 317 para garantir o “fundão” maior e 146 contra. Em votação no Senado, a decisão dos deputados foi confirmada por 53 votos a 21.
Estadão Conteúdo
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