O novo Boletim do InfoGripe da
Fiocruz, divulgado na última sexta, mostra que em alguns estados do Brasil,
entre eles o Rio Grande do Norte, existe tendência de crescimento da Síndrome
Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças.
Na maioria das regiões do
país, há queda de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas tendências de
longo prazo (últimas 6 semanas) e de curto prazo (últimas 3 semanas). No
entanto, em alguns estados, há sinal de crescimento presente fundamentalmente
nas crianças - com destaque para o vírus sincicial respiratório - sendo
responsável pelo aumento dos casos nessa faixa etária. Na tendência de longo
prazo, os oito estados que apresentam sinal de crescimento são: Acre, Alagoas,
Amapá, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe. Em cinco desses
(Acre, Amapá, Pará, Rio Grande do Norte e Roraima), o crescimento recente está
associado justamente às crianças.
Já em Alagoas, Paraíba e Sergipe, além das crianças, é possível observar aumento em faixas etárias da população adulta também, principalmente em idades mais avançadas.
A análise tem como base os
dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe
(Sivep-Gripe) até o dia 12 de junho. Coordenador do InfoGripe, o pesquisador
Marcelo Gomes aponta que o sinal de redução predomina principalmente das
regiões Centro-Sul, nas quais os estados apresentam queda ou interrupção do
crescimento de SRAG. Contudo, o mesmo não se aplica às regiões Norte e
Nordeste, que ainda apresentam sinais de crescimento em diversos estados. A
análise aponta que oito estados e nove capitais apresentam indícios de
crescimento na tendência de longo prazo. Embora haja manutenção de queda no
predomínio dos casos positivos para Sars-CoV-2 na população adulta, segue o
aumento no percentual de casos associados ao vírus influenza A, sendo
majoritariamente H1N1.
Já entre as capitais, nove
apresentam sinal de crescimento: Aracaju (SE), Belém (PA), Boa Vista (RR),
Cuiabá (MT), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Rio Branco (AC), São Luís (MA) e
Vitória (ES). Na maioria das cidades citadas, o sinal está presente sobretudo
nas crianças. Entretanto, em João Pessoa (PB), observa-se sinal de crescimento
também na população a partir de 65 anos. Em Cuiabá (MT) e Vitória (ES), o sinal
é compatível com um sinal de oscilação, tanto nas crianças quanto nos adultos.
Nas quatro últimas semanas
epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para
vírus respiratórios foi de: influenza A (19,4%), influenza B (6,8%), vírus
sincicial respiratório (39,5%), e Sars-CoV-2/Covid-19 (24%).
Entre os óbitos, a presença
desses mesmos vírus entre os positivos foi de: influenza A (21,9%), influenza B
(9,5%), vírus sincicial respiratório (11,9%), e Sars-CoV-2/Covid-19 (52,9%). A
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) tem um conjunto de sinais e sintomas.
As causas podem variar muito, envolvendo doenças, virus e bactérias. O
diagnóstico é baseado nos sintomas do paciente no atendimento.
Tribuna do Norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente