O Google lançou,
nesta terça-feira (18), o Gemini 3,
descrito pela empresa como seu modelo de inteligência artificial (IA)
“mais inteligente” e “mais seguro” até agora. A prévia do Gemini 3 Pro já está
disponível no aplicativo Gemini e, pela primeira vez, chega ao Modo IA da Busca no dia do
anúncio.
Segundo o Google, o Gemini 3
inaugura uma fase da “era Gemini”, com avanços em raciocínio, precisão e
capacidade multimodal, projetados para tornar a IA mais útil no cotidiano.
O novo modelo chega menos de uma semana após o GPT-5.1 da OpenAI e dois meses depois do Sonnet 4.5 da Anthropic.
Gemini 3 Pro dá um salto em
raciocínio e nuance, diz Google
O Gemini 3 consolida
o que o Google vinha construindo nas versões anteriores.
Gemini 1: introduziu a
multimodalidade nativa e janelas de contexto longas;
Gemini 2: ampliou o
raciocínio e abriu caminho para agentes mais autônomos.
Agora, o Gemini 3 reúne essas
bases e avança para um patamar mais próximo de uma IA capaz de entender pedidos
complexos com profundidade e intenção.
Segundo o Google, o Gemini 3 Pro foi
desenvolvido para captar nuances. O novo modelo percebe pistas sutis, entende
melhor o contexto e reduz a necessidade de perguntas adicionais para chegar ao
resultado, de acordo com a empresa.
As respostas também mudaram de estilo, diz o Google. Elas ficaram mais
concisas, diretas e informativas, trocando o tom bajulador por insights genuínos, algo que a
empresa descreve como “subserviência reduzida”.
Esses avanços aparecem nos
benchmarks independentes repercutidos pela empresa.
O modelo lidera o ranking
da LMArena, com 1.501 pontos ELO,
superando o recorde anterior do Gemini 2.5 Pro;
Também atingiu 37,5% no Humanity’s Last Exam, o maior
desempenho já registrado sem uso de ferramentas;
Chegou a 91,9% no GPQA Diamond, que avalia raciocínio
avançado.
O Gemini 3 Pro é nativamente
multimodal. Traduzindo: ele entende e processa texto, imagens, áudio, vídeo e
código de forma integrada, não como módulos separados.
Essa combinação amplia a
capacidade do modelo de interpretar contextos complexos e trabalhar com
formatos diferentes ao mesmo tempo.
Além disso, o modelo opera com
uma janela de contexto de um milhão de tokens.
Isso permite que a IA analise grandes volumes de informação sem perder
coerência ou detalhes importantes.
O novo Gemini também aprofunda
a lógica de agentes introduzida nas versões anteriores, com planejamento de
longo prazo mais consistente.
Em testes, IA manteve o uso
correto de ferramentas e executou tarefas em várias etapas. Por exemplo:
organizar e-mails, montar roteiros de viagem ou operar fluxos de trabalho
inteiros dentro de um ambiente digital.
Para você ter ideia, o Gemini
3 liderou o Vending-Bench 2,
que simula um ano de decisões de negócio. Isso reforça a capacidade do modelo
de agir de forma autônoma em cenários complexos.
O Gemini 3 Pro chega ao
público desde o primeiro dia, disponível para todos os usuários no aplicativo
Gemini e, pela primeira vez, integrado ao Modo
IA da Busca no momento do anúncio.
Assinantes dos planos Google
AI Pro e Ultra também podem acessar o modelo diretamente na Busca, enquanto
o Gemini Agent (pacote de
recursos de agente) está liberado para usuários do plano Ultra dentro do app.
Na Busca, o modelo passa a
gerar experiências mais visuais e interativas, como layouts imersivos, tabelas, imagens e
simulações, que aparecem instantaneamente, conforme a pesquisa
do usuário.
A ideia é sair do formato
tradicional de respostas em texto e oferecer uma visão mais completa e
navegável, apoiada no raciocínio multimodal e na capacidade expandida de
entender a intenção do usuário, segundo a empresa.
Para desenvolvedores, o
lançamento marca a estreia do Google Antigravity,
plataforma centrada em agentes que combina editor, terminal e navegador num
único ambiente.
A ferramenta usa o Gemini 3
para planejar, programar e validar aplicações inteiras de forma autônoma, o que
torna o desenvolvimento mais rápido e automatizado.
O modelo também está
disponível no AI Studio, Vertex AI, Gemini CLI e em IDEs de terceiros.
O Google afirma que o Gemini 3 é o modelo mais
seguro que já produziu, resultado do conjunto mais amplo de testes internos e
externos realizados pela empresa até hoje.
A companhia submeteu o sistema
a avaliações técnicas de robustez, resistência a ataques e proteção contra uso
indevido, buscando reduzir vulnerabilidades como injeções de prompt e
manipulações que possam induzir comportamentos indesejados.
Além das verificações
internas, o modelo passou por análises de especialistas independentes,
incluindo organizações como Apollo, Vaultis e Dreadnode.
O Gemini 3 também passou por
avaliações conduzidas por órgãos públicos, como a AISI, agência britânica
voltada à segurança de IA.
Segundo o Google, esse
processo é essencial para garantir que o sistema seja confiável em cenários
reais e possa ser usado tanto por consumidores quanto por empresas sem
comprometer segurança ou privacidade.
Olhar Digital
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