Medições divulgadas pelo
Observatório da Terra da NASA ajudam a visualizar essa diferença. Ao
comparar 2025 com a média histórica, nota-se uma redução expressiva de gelo ao
longo de grande parte do litoral antártico. As mudanças aparecem de forma clara
quando vistas do espaço.
Em resumo:
- O gelo antártico expandiu menos que o esperado;
- Imagens da NASA mostram redução clara ao longo do continente;
- O gelo da Antártica regula o clima global e sustenta vasta vida marinha;
- Sua dinâmica sazonal cria ciclos extremos de expansão anual;
- Após 2016, níveis invernais tornaram-se excepcionalmente baixos;
- Cientistas destacam múltiplos fatores dificultando prever tendências futuras.
Peça fundamental do sistema
climático global, o gelo marinho da Antártica ajuda a regular a temperatura do
planeta e influencia a vida marinha da região. Diferente do Ártico, que é um
oceano cercado por terra, a Antártida é um continente rodeado por mar aberto, o
que gera um comportamento único do gelo.
Essa configuração permite que
o gelo se expanda com facilidade no inverno e encolha drasticamente no verão.
Esse vai e vem cria um dos ciclos sazonais mais intensos da Terra. O gelo atua
como um espelho natural, refletindo parte da luz solar de volta ao espaço, e
também interfere na circulação dos oceanos quando a água do mar congela ou
derrete. Além disso, é a base de um ecossistema que sustenta pinguins, focas,
aves e o krill, espécie essencial para a cadeia alimentar.
Durante décadas, o gelo
marinho antártico manteve-se relativamente estável, sem o declínio contínuo
observado no Ártico. Em alguns anos, chegou até a superar as médias históricas.
Porém, esse cenário mudou rapidamente após 2016. Desde então, vários anos apresentaram
níveis excepcionalmente baixos, tanto no inverno quanto no verão.
Em 2025, os satélites
registraram uma expansão máxima de apenas 17,81 milhões de quilômetros
quadrados. Esse valor representa o terceiro menor nível de inverno nos 47 anos
de registros, segundo o Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos
EUA. A medida ficou quase 900 mil quilômetros quadrados abaixo da média de 1981
a 2010, reforçando o padrão observado na última década.
Apesar dessas mudanças claras
em relação às décadas anteriores, os cientistas alertam que o clima na
Antártica é controlado por muitos fatores, como a temperatura do oceano, os
ventos, a circulação atmosférica e a variabilidade natural. Todos eles se combinam
de formas complexas, dificultando previsões sobre tendências de longo prazo.
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