O Rio Grande do Norte já registrou 17 feminicídios em 2025, segundo dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública. O número está próximo do registrado ao longo de todo o ano de 2024, quando 20 mulheres morreram por crimes relacionado ao gênero.
Até este mês de novembro, a Justiça concedeu 7.336 mil medidas protetivas concedidas a mulheres vítimas de violência.
Entre as vítimas que conseguiram sobreviver à violência está Edinalva Ribeiro, de 48 anos. Em 23 de outubro de 2025, ela foi atacada com um facão pelo companheiro com quem se relacionava havia apenas seis meses.
A diarista ficou 11 dias internada no Hospital Walfredo Gurgel e segue em recuperação na casa de uma familiar. “Eu me sinto uma pessoa muito feliz por Deus ter me dado uma nova vida. Eu poderia não ter sobrevivido”, relata.
A advogada Sâmoa Martins afirma que violência contra a mulher costuma começar muito antes dos golpes físicos. Segundo ela, existem cinco tipos de agressões previstas em lei: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial.
Segundo Sâmoa Martins, muitas vítimas deixam de denunciar por medo de perder a casa, o sustento ou o direito aos alimentos. Ela esclarece, porém, que esses direitos já são garantidos por lei.
“O medo faz essas mulheres verem a situação como uma catástrofe maior do que é. Sair desse ciclo traz leveza e paz”, afirma.
Como denunciar
A delegada Luana Faraj, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Parnamirim, reforça que há diferentes canais de denúncia.
As vítimas podem procurar presencialmente uma das 12 delegacias especializadas do estado ou registrar boletim de ocorrência em qualquer delegacia dos municípios onde não há unidades específicas.
Também é possível registrar ocorrência pela Delegacia Virtual, no portal da Polícia Civil, e solicitar medidas protetivas diretamente pelo site. Denúncias anônimas podem ser feitas pelo 180 e pelo 181.
Recuperando-se do ataque, Edinalva deixa um recado para quem enfrenta agressões dentro de casa: “Se houver brigas, confusões, procure a delegacia e faça a denúncia", diz.
G1RN

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