“Só há uma maneira de lutar contra
isso, é usar a polícia para garantir que as pessoas estarão sobre controle”,
respondeu Valcke à pergunta de um jornalista estrangeiro sobre a atuação de
black blocs nos protestos. O secretário-geral da Fifa disse que as
manifestações pacíficas são legítimas em qualquer democracia, mas quando há
violência, a polícia deve atuar. “O público tem o direito de ver os jogos.”
O ministro do Esporte, Aldo
Rebelo, disse que, assim como as manifestações pacíficas são um direito
constitucional, as manifestações violentas, que atentam contra a vida e
depredam patrimônio público e privado, têm também tratamento previsto em lei.
“Portanto, com Copa ou sem Copa, em qualquer circunstância, basta a aplicação
da lei”, disse. O ministro lembrou o caso do cinegrafista morto e disse que a
lei aplicada levou à prisão dos responsáveis que serão processados e julgados.
“Não há porque cogitar medidas que não aquelas previstas em lei”.
Outro ponto de apreensão,
faltando quatro meses para o início da competição, é o laudo sobre as obras da
Arena da Baixada, em Curitiba. Valcke garantiu que a decisão sobre a
confirmação do estádio paranaense como sede da Copa será conhecida amanhã. Ele
disse que a espera é porque uma equipe técnica da Fifa fará uma visita ao
estádio amanhã para o último relatório que embasará a decisão. Em dezembro, a
Fifa manifestou preocupação com o atraso na construção da arena.
Sobre o Estádio Nacional Mané
Garrincha. Valcke disse que não há muito o que dizer, pois é um de seus
preferidos. O chefe do Comitê Organizador
Local da Copa, Ricardo Trade,
disse estar satisfeito com os impactos percebidos com o estádio de Brasília.
“Foram 28 eventos no ano passado com 640 mil pessoas, quase o dobro do público
do antigo estádio em 36 anos. Mais de 2 mil empregos diretos criados,
impactando a economia local. Isso também é motivo de alegria para nós no
sentido de deixar um legado muito bom”, afirmou sobre o estádio que recebe
críticas por ser o mais caro entre os que receberão os jogos da Copa e corre o
risco de se tornar um elefante branco, por não haver nenhum grande time na
cidade.
O governador Agnelo Queiroz
garantiu que todas as obras em curso estarão prontas antes da Copa, incluindo o
aeroporto, as vias de acesso ao centro da cidade, além das melhorias de
mobilidade no entorno do estádio. “Não vai ter nenhuma obra e máquinas aqui no
período da Copa, com certeza absoluta, mas acesso confortável, seguro,
facilitado que, graças a Deus, a cidade planejada [Brasília] pode oferecer.”
Agência Brasil
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