Acompanhando a convocação nacional, mais uma
vez Natal está incluída entre as cidades que terão atos “Fora Dilma”. A próxima
data é em 16 de agosto, um domingo. Na capital potiguar, o manifesto fará o mesmo
trajeto das outras duas vezes. A concentração começará às 15 horas ao lado do
Shopping Midway Mall. A manifestação é organizada no estado pelo grupo
denominado “Força Democrática RN”, que pede o impeachment da presidente Dilma
Rousseff (PT).
Durante o primeiro protesto, Natal
foi a cidade do Nordeste com maior concentração de pessoas. De acordo com dados
da Polícia Militar (PM), passou da marca de 10 mil pessoas. O segundo, que
ocorreu um mês depois, reuniu cerca de três mil. Para o próximo, a quantidade
de pessoas ainda é imprevisível.
Com o governo enfraquecido no Congresso e a
petista enfrentando processos no Tribunal de Contas da União (TCU) e no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o pedido de Impeachment feito pelos
populares no País inteiro poderá ganhar respaldo jurídico em breve.
Se Dilma tiver as contas do
exercício de 2014 rejeitadas pelo TCU, devido às pedaladas fiscais, e a Câmara
Federal seguir o parecer, a presidente se torna oficialmente “ficha suja”, o
que fortalece a abertura do processo de impedimento no legislativo.
Além das pedaladas fiscais, pesa contra Dilma a
delação de Ricardo Pessoa, ex-diretor da UTC, que afirmou ter doado R$ 7,5
milhões à campanha da presidente, dinheiro pago, segundo ele, em forma de
propina negociada com a Petrobras. A confirmação da irregularidade também gera
embasamento para o afastamento, tendo em vista que a presidente teria se
beneficiado eleitoralmente do esquema de corrupção.
Outro fator que contribui para o ato é a
mudança de postura da oposição, que até pouco tempo não falava em impeachment,
mas começou a defender a saída da presidente. Os líderes oposicionistas estão
entoando o discurso de deposição da petista, com base nos processos enfrentados
por ela no TCU e na Justiça Eleitoral. O apoio popular pode impulsionar ainda
mais os deputados federais e senadores que seguem essa linha.
Com a inflação em alta, desemprego crescente,
escândalos de corrupção sendo cada vez mais elucidados e a presidente
enfrentando processos nos órgãos fiscalizadores, o movimento apelará não só
para os congressistas, com o pedido de impeachment, mas também ao “bom senso”
de Dilma, sugerindo sua renúncia.
Portal no Ar
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