A presidenta Dilma Rousseff
decidiu exonerar sua equipe ministerial assim que os senadores encerrarem a
votação sobre o processo de impeachment contra ela, caso decidam por seu
afastamento.
Se o plenário do Senado acatar
a admissibilidade do processo, Dilma será afastada do cargo por 180 dias e o
governo será assumido pelo vice-presidente da República, Michel Temer.
Ainda não está decidido o
formato da exoneração, mas a medida poderá ser publicada em edição extra do
Diário Oficial da União logo após o fim da votação, prevista para terminar de
madrugada.
Todos os ministros de Dilma
deixarão os cargos, exceto o titular do Esporte, Ricardo Leyser – por causa dos
Jogos Olímpicos Rio 2016 – e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini,
cargo cuja indicação precisa passar por sabatina no Senado.
Hoje de manhã, o
ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, Jaques Wagner, comandou uma
reunião com os ministros e pediu a eles que façam um relatório de suas gestões
à frente de cada pasta. A intenção é evitar críticas de que a Esplanada dos Ministérios
foi deixada às moscas e que o governo Dilma se recusou a repassar as ações para
a equipe do possível governo Temer.
Apesar disso, o Planalto
prefere não utilizar a palavra “transição”, sob o argumento de que a nova
administração não está tomando posse, como ocorre com os governos legitimamente
eleitos.
Agência Brasil
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