
Nas próximas duas semanas,
entre 18 e 31 de julho, a Câmara entrará em "recesso branco" e não
terá votações em plenário. As sessões só serão retomadas em agosto.
"Vamos organizar com os
líderes para trabalhar dois dias na semana, com trabalho intenso, para que a
gente possa trabalhar segunda e terça e liberar os deputados a partir de
quarta-feira. A gente tem como prioridade estreitar o relacionamento na Câmara
dos Deputados, um diálogo melhor com a base e a oposição, além de uma harmonia
maior com os três poderes. Temos projetos contra a corrupção, entre outros
temas que estão aí na ordem do dia", disse Rodrigo Maia, durante evento do
diretório regional do DEM.
"Temos que votar a
renegociação da dívida, votando o projeto do Pré-sal, avançando no início do
debate da reforma da Previdência. O principal são os projetos de combate à
corrupção, melhoria do sistema de controle do Estado e a reforma política, que
acho que vai ser uma relação bem próxima com o Senado para termos uma posição
conjunta, para não ficarmos nesse debate interminável que pulveriza votos e não
resolve nada", afirmou ele.
O presidente da Câmara também
falou sobre as ações consideradas polêmicas com relação à economia. O deputado
declarou que não considera "impopulares" as medidas de ajuste fiscal
que o governo de Michel Temer pretende implementar.
"Impopular é você gastar
mais do que você tem e deixar 11 milhões de pessoas desempregadas. Não é
impopular, é necessário para diminuir o desemprego à metade", disparou
ele.
Rodrigo Maia afirmou que seu antecessor,
o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que renunciou à presidência, tem
qualidades, mas que a imagem da Câmara não é boa neste momento. O peemedebista
é réu no Supremo Tribunel Federal (STF) acusado de participar do esquema de
corrupção investigado pela Lava Jato e, na Câmara, responde a processo de
cassação do mandato.
"Tem momentos onde ele é
muito produtivo, votamos matérias importantes até o primeiro semestre do ano
passado. Depois a crise se acentuou com relação a ele. Vamos deixar o Eduardo cuidar
do julgamento dele, defesa dele no Plenário, ele tem esse direito. Mas temos
esse problema grande hoje, a imagem não vai bem. E de cada presidente que eu
convivi, todos têm pontos positivos. Ele tinha o plenário como qualidade",
relembra Maia.
Jogos de azar
Rodrigo Maia também defendeu a
liberação de jogos de azar como forma de aumentar a arrecadação no país.
Diversos projetos sobre o tema tramitam na Câmara e no Senado.
"Sou a favor que o jogo
faça parte da cadeia de entretenimento, a favor dos cassinos e resorts, com
investimento na rede hoteleira, de eventos e também do jogo. Esse
encaminhamento é que trará bilhões e bilhões para o Brasil. Hoje, o Brasil tem
oito mil máquinas clandestinas e ninguém faz nada. Ou a gente caminha para uma
coisa séria, ou vamos acabar com o que tem, porque se está lavando dinheiro
todo dia", afirmou ele.
G1
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