No próximo domingo (7) o Rio
Grande do Norte completa 515 anos. A data é alusiva ao Marco de Touros,
implantado neste dia no ano de 1501 e considerado o mais antigo no País. Para
alguns historiadores, é a prova de que juridicamente o País foi descoberto a
partir do RN.
Parte dessa história,
notadamente a partir do período imperial, está preservada pelo Memorial do
Legislativo Potiguar. Seu acervo documental remonta ao ano de 1835, no período
imperial, quando o Parlamento foi instalado. A data será marcada na Assembleia
por uma sessão solene na próxima terça-feira (9), às 9h, propositura do
deputado Gustavo Carvalho (PSDB).
Foi há 16 anos, no dia 30 de
maio do ano 2000 que o Dia do Rio Grande do Norte foi oficialmente instituído,
durante o governo Garibaldi Alves Filho. A data foi criada com a Lei nº 7.831,
de autoria do então deputado estadual Valério Mesquita. A pedra que demarca o
início da história em solo potiguar foi colocada durante a expedição comandada
por Gaspar de Lemos e André Gonçalves, a mando do rei português D. Manoel I.
“A apresentação da Lei nº
7.831, pelo ex-deputado estadual Valério Mesquita, é mais uma prova da
contribuição permanente da Casa Legislativa para a preservação da história do
nosso povo. Como dizia Câmara Cascudo: a Memória é a imaginação do povo,
mantida comunicável pela tradição, movimentando as culturas, convergidas para o
uso, através do tempo", destaca o deputado Ezequiel Ferreira de Souza
(PSDB), presidente da Assembleia Legislativa.
O Marco de Touros, feito em
pedra mármore com o desenho da Cruz da Ordem dos Cavaleiros de Cristo, famosa
Cruz de Malta, registrando a presença portuguesa na área, foi tombado pelo
Instituto do Patrimônio Histórico e Cultural (Iphan) e está atualmente
preservado na Fortaleza dos Reis Magos. Na praia do Marco, em Touros, uma
réplica do monumento lembra aos potiguares e visitantes aonde tudo começou.
A história do período colonial
reporta que nas faixas de terras em que o território brasileiro foi dividido
por D. João III e entregue a particulares ligados à Coroa, a capitania Rio
Grande ficou sob a administração de João de Barros e Aires Cunha, tendo sido
posteriormente abandonada devido às dificuldades e passando assim para a
administração da capitania de Pernambuco.
No campo político e social,
uma significativa parte desses 515 anos de história do RN, a partir do período
imperial, pode ser conferida no Memorial do Legislativo Potiguar. O espaço de
preservação e resgate está localizado na sede da Assembleia Legislativa, na
Praça 7 de Setembro, Cidade Alta, com horário aberto para visitação de 8h às
15h.
Sua linha de pesquisa vai
desde a instalação do parlamento norte-rio-grandense, em 1835, sob a
presidência do Padre Francisco Brito Guerra, até o período atual. No momento,
está em curso no Memorial o levantamento histórico da criação de todos os
municípios do RN, para a edição de um livro. Este levantamento, aliás, foi a
primeira atividade do Memorial, uma das responsáveis por sua origem.
Sua equipe, coordenada pela
jornalista Bernadete Oliveira, já fez a catalogação de mais de três mil imagens
fotográficas, disponibilizadas em álbuns para acervo e pesquisa a partir do
período imperial, passando pelos diversos momentos históricos do País.
ALRN
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