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Tropas federais na 'operação
Potiguar' em Natal (Foto: Fabiano de Oliveira/ G1)
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O Governo do Rio Grande do
Norte solicitou oficialmente a prorrogação da permanência das Forças Armadas na
Grande Natal por mais 30 dias. Além disso, o governador Robinson Faria pediu ao
presidente interino Michel Temer a liberação de efetivo extra para atuar na
cidade de Mossoró, no Oeste potiguar.
Os pedidos foram enviados ao
Governo Federal na sexta-feira (12). No ofício, o governador do estado indica
que, apesar de "a situação na região de Natal ter apresentado
significativa melhora, persistem indicativos de rebeliões a serem deflagrados
em unidades do Sistema Penitenciário". Robinson Faria também solicitou a
liberação de novos militares para atuar na Operação Potiguar em Mossoró,
"em vista da necessidade de garantir a Lei e a Ordem naquela importante
região".
A solicitação é para que as
Forças Armadas permaneçam no estado por 30 dias. Contudo, esse prazo pode ser
prorrogado por mais 30.
As tropas começaram a atuar na
quinta-feira, dia 4, com o prazo para permanecer nas ruas até o dia 16. Segundo
a assessoria do Exército, aproximadamente 1.200 militares - sendo 920 do
Exército, 220 da Marinha e 60 da Força Aérea - foram empregados na Operação
Potiguar. Durante a solenidade de lançamento da operação, o governador do RN
apelou para que o prazo fosse estendido.
Ataques
Foram registrados novos
ataques criminosos na madrugada desta segunda-feira (15). Os casos aconteceram
na Zona Oeste de Natal. Primeiro, um caminhão foi incendiado em frente a uma
oficina no bairro Felipe Camarão. Em seguida, um carro foi queimado no bairro
Bom Pastor.
De acordo com a Secretaria de
Segurança Pública (Sesed), até a última sexta-feira (12) já haviam sido
contabilizados 114 atos criminosos em 40 cidades potiguares desde o início dos
ataques. Ainda segundo a Sesed, 110 pessoas já foram presas suspeitas de
envolvimento nos crimes.
A razão dos ataques é a
instalação de bloqueadores de celular na Penitenciária de Parnamirim, na Grande
Natal, feita no dia 28 de julho. Uma
facção, formada dentro dos presídios, reivindica os ataques. O primeiro
aconteceu na tarde de 29 de julho, quando um micro-ônibus foi incendiado em
Macaíba, também na Grande Natal.
Desde então, as forças de
segurança vêm registrados atentados a ônibus, carros, prédios da administração
pública e bases policiais em todo estado. Um dos acessos ao Aeroporto
Internacional Aluízio Alves, e até mesmo a vegetação do Morro do Careca – um
dos principais cartões-postais do RN – também foram alvos dos atentados.
G1RN
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