O presidente da Assembleia
Legislativa, Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB), anunciou o apoio da Casa
Legislativa ao movimento em prol da vaquejada, considerada inconstitucional
após recente decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou
uma lei estadual que regulamenta a prática no Ceará. Para oficializar o apoio,
uma moção assinada pelos deputados será encaminha ao STF. O anúncio foi feito
durante reunião realizada na manhã desta terça-feira (11) com a presença de um
grande número de deputados, criadores, representantes de associações
relacionadas às vaquejadas e prefeitos.
“O preconceito não pode
existir com o nordeste brasileiro e suas características culturais. Quero
destacar a solidariedade desta Casa Legislativa com a causa. A vaquejada é raiz
da nossa história além de um grande gerador de emprego e renda para a nossa
região”, destacou Ezequiel Ferreira de Souza
A Associação dos Vaqueiros
Amadores do Rio Grande do Norte (Assovarn) estima que, havendo o fim das
vaquejadas, mais de 20 mil pessoas fiquem desempregadas, representando uma
redução de algo em torno de R$ 30 milhões injetados mensalmente na economia
local só de salários.
Ocorrendo o fechamento dos
postos de empregos, serão atingidos médicos veterinários, domadores, vaqueiros,
caseiros, tratadores, motoristas, cozinheiros, tratoristas, donos de bares,
casas de show e artistas, mas que os prejuízos serão ainda maiores, porque a
vaquejada movimenta toda uma cadeia econômica.
Durante a reunião os deputados
decidiram pela elaboração de um projeto de lei, a ser votado em caráter de
urgência, para garantir a realização do calendário de eventos. O objetivo é dar
segurança aos eventos já planejados. Outros encaminhamentos feitos na manhã
desta terça-feira são a formação de uma comissão para visitar o Tribunal de
Justiça do RN e Ministério Público a fim de garantir apoio, e outra comissão
para participar de mobilização no dia 25 de outubro, em Brasília, quando
vaqueiros de todo o Brasil pretendem ocupar a capital federal para protestar
contra a decisão que proíbe as vaquejadas. “É preciso uma mobilização regional
para conseguirmos repercussão nacional”, enfatizou Ezequiel Ferreira.
Pelos cálculos da Associação
dos Vaqueiros Amadores do Rio Grande do Norte, ainda em fase de levantamento,
já é possível estimar que a cadeia econômica da vaquejada gere mais de 60 mil
empregos indiretos somente no Rio Grande do Norte. No Nordeste, os empregos
gerados de forma direta passam de 200 mil e os de forma indireta 600 mil
indiretos. “Essa decisão é contra a economia e a cultura nordestina. Se
atividade for proibida será um caos, por isso viemos até aqui sensibilizar os
políticos em prol das pessoas que sobrevivem da vaquejada”, afirma Paulo
Saldanha, presidente da Associação dos Vaqueiros Amadores.
Os responsáveis pelas
vaquejadas no Rio Grande do Norte querem desmistificar a acusação de maus
tratos, já que atualmente todos os animais são acompanhados por médicos
veterinários e todos os eventos possuem um regulamento voltado para o bem estar
do animal, que impede qualquer tipo de violência.
Participaram da reunião os
deputados Dison Lisboa (PSD), Gustavo Fernandes (PMDB), Kelps Lima (SDD),
Ricardo Motta (PROS), Carlos Augusto Maia (PSD),Tomba Farias (PSB), Márcia Maia
(PSB), George Soares (PR), Cristiane Dantas (PCdoB), Gustavo Carvalho (PSDB),
José Adécio (DEM) e Albert Dickson (PROS).
ALRN
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