
A expectativa da pasta é
imunizar mais de 3,6 milhões de meninos em 2017, além de 99,5 mil crianças e
jovens de 9 a 26 anos que vivem com HIV/aids no Brasil. Serão adquiriras, ao
todo, 6 milhões de doses ao custo de R$ 288,4 milhões.
Segundo o governo federal, o
Brasil será o primeiro país da América Latina e o sétimo no mundo a oferecer a
vacina contra o HPV para meninos em programas nacionais de imunização. Estados
Unidos, Austrália, Áustria, Israel, Porto Rico e Panamá já fazem a distribuição
da dose para adolescentes do sexo masculino.
Duas doses
O esquema vacinal contra o HPV
para meninos será de duas doses, com seis meses de intervalo entre elas. Já
para os que vivem com HIV, o esquema vacinal é de três doses, com intervalo de
dois e seis meses, respectivamente. Nesses casos, é necessário apresentar prescrição
médica.
Custos
O ministro da Saúde, Ricardo
Barros, destacou que, apesar das novas inclusões, não haverá custo extra para o
governo federal já que, neste ano, a pasta anunciou a redução de três para duas
doses no esquema vacinal contra o HPV para meninas. O quantitativo previsto,
segundo ele, foi mantido.
"É mais um avanço que
conseguimos fazer sem ampliar investimentos", disse Barros. "É um
conjunto de ações integradas que temos feito para produzir mais e mais
resultados com os recursos que temos", completou.
Meningite
A pasta anunciou ainda a
ampliação da vacinação contra a meningite C para adolescentes de ambos os
sexos. Foram adquiriras 15 milhões de doses, a um custo de R$ 656,5 milhões. O
objetivo do governo é reforçar a eficácia da dose, já aplicada em crianças de
3, 5 e 12 meses mas que, com o passar dos anos, pode perder parte de sua
eficácia.
A meta é vacinar 80% do
público-alvo, formado por 7,2 milhões de adolescentes. Além de proporcionar
proteção para essa faixa etária, a estratégia tem efeito protetor de imunidade
rebanho – quando acontece a proteção indireta de pessoas não vacinadas em razão
da diminuição da circulação do vírus.
Segundo o ministério, a
ampliação só foi possível graças a economia de R$ 1 bilhão por meio da revisão
de contratos e redução de valores de aluguéis e outros serviços. Parte dos
recursos está sendo investida na produção nacional da vacina pela Fundação
Ezequiel Dias.
Parceria
A coordenadora do Programa
Nacional de Imunização, Carla Domingues, destacou que o ministério pretende investir
em parcerias com escolas da rede pública e particular para facilitar o acesso
de meninos e meninas às doses contra o HPV e contra a meningite.
"Vacinar adolescentes não
é como vacinar crianças, que os pais pegam na mão e levam ao posto de saúde. É mais
complicado", disse. "Com os adolescentes, não conseguimos alcançar
coberturas vacinais tão completas como entre as crianças", completou.
Agência Brasil
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