A Polícia Militar também foi
acionada, mas ninguém
admitiu ter participado ou
mesmo visto quem
espancou o suspeito (Foto:
Eduardo Carlos)
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Suspeito de ter assaltado duas
idosas, e até ferido uma delas com uma faca, um jovem de 18 anos foi morto a
pauladas e golpes de tamborete - um pequeno banco de madeira bastante comum no
Nordeste. O linchamento aconteceu na
noite deste sábado (26) em Macau, cidade distante pouco mais de 170 quilômetros
de Natal. Ninguém foi preso.
O suposto ladrão, segundo a
Polícia Civil, foi identificado como Richarlyson Jackson Marques do Nascimento.
Antes de ser morto, ele teria cometido dois crimes.
No primeiro crime, a vítima
foi uma idosa que levou uma facada em uma das pernas.
No segundo caso, quem acabou
ferido foi um homem que tentou evitar que outra velhinha também fosse
assaltada. A idosa ferida na perna passa bem. Já o homem que tentou defendê-la
foi socorrido e levado para o Pronto-Socorro Clóvis Sarinho, em Natal. Ainda
não há informações sobre o estado de saúde dele.
“Este segundo caso aconteceu
no bairro Porto de São Pedro. Foi por volta das 21h. O suspeito chegou em uma
motocicleta e tentou roubar uma senhora que estava na calçada de casa. Um homem
viu a cena e correu para impedir. Os dois entraram em luta corporal e o
assaltante acertou uma facada no peito do homem. Foi quando a vizinhança partiu
pra cima do ladrão. Ele foi pego e espancado até a morte. Bateram nele com
telhas, pedaços de pau, pedras e até com um tamborete. No corpo dele também
tinha perfurações, provavelmente feitas pela faca que o próprio assaltante
tinha em mãos”, relatou o agente de Polícia Civil Luiz, que trabalha na
Delegacia de Macau.
O Serviço de Atendimento Móvel
de Urgência foi chamado, mas quando chegou ao local da ocorrência Richarlyson
já estava morto. A Polícia Militar também foi acionada, mas ninguém admitiu ter
participado ou mesmo visto quem espancou o suspeito. A moto em que ele estava
foi apreendida e levada para a delegacia da cidade.
O policial disse ao G1 que foi
aberto um inquérito para tentar identificar os responsáveis pela morte do
suspeito. “Independente de ele ser um assaltante, as pessoas não podem fazer
justiça com as próprias mãos. O que houve foi um crime, uma pessoa foi morta.
As pessoas que o mataram vão ter que pagar pelo que fizeram”, ressaltou.
G1RN
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