No terceiro trimestre deste
ano, a economia brasileira seguiu em queda. De acordo com o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB)
brasileiro recuou 0,8% em relação ao trimestre anterior. É a sétima queda
seguida nessa comparação. Em valores correntes, o PIB chegou a R$ 1,6 trilhão.
O desempenho dos três setores
que entram no cálculo do PIB foi negativo. A agropecuária teve retração de
1,4%, indústria, de 1,3%, e serviços, de 0,6%.
No terceiro trimestre, os
investimentos, que também estão incluídos na composição do PIB, voltaram a
cair, depois de terem crescido no período anterior, de abril a junho. A
Formação Bruta de Capital Fixo, como a taxa de investimento também é conhecida,
recuou 3,1%.
O consumo das famílias, que
durante muitos anos contribuiu com o crescimento do PIB, recuou 0,6% -
completando o sétimo trimestre seguido de baixa. A despesa do governo também
recuou: 0,3%.
Quanto ao setor externo, as
exportações caíram 2,8% e as importações recuaram 3,1%.
Comparação com o ano anterior
Na comparação com o terceiro
trimestre do ano passado, a contração foi ainda maior, de 2,9% - a décima
seguida.
Previsões negativas
As expectativas sobre o
resultado do PIB já indicavam que os números seriam negativos. O Índice de
Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que tenta "antecipar"
o resultado do PIB, estimou, em meados de novembro, que a economia teve
retração de 0,79% de julho a setembro, na comparação com o trimestre anterior.
Para o ano de 2016,
considerando todos os trimestres, os economistas do mercado financeiro preveem
que o nível de atividade neste ano feche em queda de 3,5%, segundo o boletim
Focus, também do BC, mais recente.
Se as previsões forem
confirmadas, essa será a primeira vez que o país registrará dois anos seguidos
de retração no nível de atividade da economia – a série histórica oficial, do
IBGE, tem início em 1948. No ano passado, o recuo foi de 3,8%, o maior em 25
anos.
G1
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