O ministro da Casa Civil,
Eliseu Padilha, disse hoje (21) que a reunião do presidente Michel Temer com os
governadores, marcada para amanhã (22), para discutir a situação financeira dos
estados, será o momento apenas de colher propostas dos gestores para,
posteriormente, serem avaliadas pela equipe do Ministério da Fazenda.
“Mas o ministro Meirelles [da
Fazenda] tem deixado claro que o mais fácil é que se viabilize financiamentos
diretos para os estados”, disse, explicando que é preciso ainda conhecer a
situação de cada estado e que se espera que, assim como o governo federal está
ajustando suas contas, as unidades da federação sigam o mesmo caminho de cortes
de gastos.
“Há, por parte do governo
federal, o entendimento que há as responsabilidades que são da União e as
responsabilidades que são dos estados. Mas ele [presidente Michel Temer]
entende que esse é o momento para que haja convergência de interesse entre
estados e a União, para que se possa ir resolvendo progressivamente a crise dos
estados”, afirmou Padilha.
Repatriação de recursos
Na última semana, o ministro
da Casa Civil disse que a equipe econômica já identificou as fontes de recursos
para ajudar os estados a ajustarem suas contas. Segundo o ministro, o dinheiro
a ser arrecadado com a repatriação de recursos de brasileiros mantidos no exterior
“é pouco” para atingir esse objetivo.
Por isso, a outra fonte serão
os R$ 100 bilhões em ativos a serem devolvidos pelo Banco Nacional do
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao Tesouro Nacional.
Esses recursos, que seriam
usados para a concessão de financiamento, estavam ociosos no BNDES, causando
"custo desnecessário". De acordo com o Ministério da Fazenda, o BNDES
tem caixa suficiente para fazer as devoluções e cumprir a programação de
concessão de financiamentos dos próximos dois anos.
Agência Brasil
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