
O valor é inferior ao
inicialmente projetado pelo Ministério da Educação (MEC), de R$ 15 milhões. Ao
todo, 271.033 candidatos tiveram a prova adiada devido a ocupações de escolas,
universidades e institutos federais. Além desses estudantes, também farão as
provas em dezembro candidatos que tiveram a aplicação das provas prejudicadas
por problemas de infraestrutura, como interrupção temporária do fornecimento de
energia elétrica.
Na próxima terça-feira (22), o
Inep divulgará os novos locais de prova e o número final de inscritos habilitados
a fazer as provas em dezembro.
O Enem foi aplicado nos dias 5
e 6 de novembro para 5,8 milhões de candidatos. Devido a ocupações de escolas,
universidades e institutos federais, o MEC adiou o exame para um grupo de
estudantes que faria a prova em 405 locais de diferentes estados. Esses
estudantes receberam um aviso do Inep por mensagem no celular e e-mail.
Segundo o Inep, a realização
do exame ficou inviabilizada para aproximadamente 3% dos inscritos, uma vez que
essas mobilizações comprometiam a segurança necessária aos participantes e às
provas em si.
As ocupações ocorrem em diversos
estados do país. Estudantes do ensino médio, superior e educação profissional
têm buscado pressionar o governo por meio do movimento. Os alunos são contra a
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55 que limita os gastos do governo
federal pelos próximos 20 anos, a chamada PEC do Teto. Eles também criticam a
reforma do ensino médio, proposta pela Medida Provisória (MP) 746/2016, enviada
ao Congresso.
No último dia 7, o MEC pediu à
Advocacia Geral da União (AGU) para que tome as medidas cabíveis a respeito dos
prejuízos causados pelo adiamento das provas.
Em nota conjunta, a União
Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas
(UBES) e a Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG) criticaram a postura do
MEC que, segundo as entidades, "tenta criminalizar o movimento estudantil
buscando enfraquecer o movimento legítimo das ocupações".
Agência Brasil
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