
A Polícia Militar foi
responsável pela maioria das ocorrências (83), seguida pela Polícia Civil (11).
Houve ainda três casos envolvendo as forças nacionais que estão no estado e um
da Polícia Rodoviária Federal. Apesar do aumento, os números não chegam a
representar muito na comparação com a quantidade de mortes violentas no estado,
que se aproxima das duas mil vítimas em 2017.
Segundo as associações que
representam policiais, 18 agentes de Segurança Pública (sendo 16 PMs, um agente
penitenciário e um guarda civil) foram mortos em 2017.
O último caso de 'ação típica
de estado' - quando um suspeito morre em confronto com a polícia, por exemplo -
aconteceu neste domingo (8), na comunidade do Mosquito, zona Oeste da capital
potiguar.
Letalidade policial aumentou 30,7% no RN, segundo observatório (Foto: Observatório da Violência do RN)
O especialista em gestão e
políticas de segurança pública Ivenio Hermes, que também é coordenador do
observatório, considera que os números refletem um despreparo do poder público
em traçar estratégias seguras para diminuir a violência.
Ele considera que, uma vez
enfraquecidas pela falta de pessoal, treinamento e armamento, as polícias
perderam o respeito dos criminosos, que partem para o confronto com as forças
do Estado. "Nesse embate sugerido, um dos dois lados vai perder",
considera.
Ainda de acordo com Ivenio
Hermes, as condições precárias fazem com que o policial trabalhe em um nível de
adrenalina muito alto. "Dessa forma, uma ação que poderia gerar apenas
ferimento, ou escoriações, vai resultar em morte, porque a polícia vai com
muita força, temendo também a ação dos criminosos", pondera.
Para ele, não adianta apenas
aumentar o efetivo policial sem ter um plano de estratégia montado desde a
base, com análises que possam definir o que está dando certo e o que precisa
ser mudado.
G1RN
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