O presidente Michel Temer
disse ter “absoluta convicção” que a paralisação dos caminhoneiros terminará
até amanhã (29). A declaração do presidente se dá após o acordo anunciado ontem
(27) entre o governo e um grupo de representantes da categoria.
“Tenho absoluta convicção que
entre hoje e amanhã todos nós, irmanados, e aqueles que estão na chamada greve,
já recomendada pelos seus líderes como devendo cessar; tenho certeza que tudo
isto trará muita tranquilidade”. Temer falou durante a posse do novo ministro
da Secretaria-Geral da Presidência da República, Ronaldo Fonseca. O cargo
estava vago desde o início de abril, quando Moreira Franco deixou a pasta para
assumir o Ministério de Minas e Energia.
O acordo firmando ontem entre
governo e representantes dos caminhoneiros prevê, entre outras coisas, congelar
por 60 dias a redução do preço do diesel na bomba em R$ 0,46 por litro e
eliminar a cobrança do pedágio dos eixos suspensos dos caminhões em todo o
país. Este segundo item seria negociado com os estados, mas Temer decidiu
publicar uma Medida Provisória para acelerar o processo e garantir o acordo.
Leilões de ferrovias
O novo ministro, por sua vez,
disse que o governo planeja três leilões de ferrovias ainda este ano. Fonseca
afirmou que o Brasil precisa acabar com a dependência do transporte rodoviário.
“O segundo semestre será o momento das ferrovias no Brasil”, afirmou.
Fonseca falou com a imprensa
após a cerimônia de posse. Ele disse que encomendou um estudo sobre a
reorganização dos modais ferroviários no Brasil. O novo ministro afirmou ainda
que existem leilões para as ferrovias Norte-Sul, Leste-Oeste e Ferrogrão.
“Começamos a dar grandes
passos em direção a estudos para organizarmos os modais no Brasil para não
ficarmos nessa dependência total que temos hoje dos rodoviários. A
secretaria-geral já tem estudos prontos, três leilões, prontos pra sair. O
Tribunal de Contas da União [TCU] está fazendo os estudos e vamos avançar nesse
tema”.
Ele acrescentou que a
Secretaria-geral da Presidência já realiza estudos sobre modais de transporte
no Brasil há dois anos, mas não explicou o que poderá sair do papel nos seis
meses que resta de governo.
Agência Brasil
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