O Ministério da Saúde (MS)
anunciou hoje (29) a prorrogação da Campanha Nacional de Vacinação Contra a
Gripe até o dia 15 de junho. A decisão foi motivada pelos efeitos da
paralisação dos caminhoneiros no atendimento em saúde. Inicialmente, o fim da
campanha estava previsto para esta sexta-feira, 1° de junho.
De acordo com os últimos dados
do ministério, a campanha imunizou 35,6 milhões de pessoas, o que equivale a
66% do público-alvo. Para atingir a meta de imunizar 54,4 milhões de pessoas, o
governo espera, com a prorrogação da campanha, vacinar os 18,8 milhões de
brasileiros e brasileiras que ainda não receberam a dose da vacina.
No recorte por estados, os que
mais se aproximaram da meta estabelecida foram Goiás (99,8%), seguido do Amapá
(91%), Ceará (84%), Distrito Federal (78,5%) e Espírito Santo (77,4%). Por
outro lado, os estados com menor cobertura da vacina são Roraima (32,5%), Rio
de Janeiro (47,6%), Rondônia (51,3%), Amazonas (51,9%) e Acre (52%).
O público-alvo da campanha
inclui idosos a partir de 60 anos, crianças de seis meses a cinco anos,
trabalhadores da saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas,
gestantes, puérperas (mulheres em até 45 dias após o parto), pessoas privadas
de liberdade e funcionários do sistema prisional.
Caso haja disponibilidade de
vacinas, os municípios podem ampliar o público para crianças de cinco a nove
anos e adultos com idades entre 50 e 59 anos. O Ministério destaca, no entanto,
a importância de o público-alvo prioritário que ainda não se imunizou
procurarem os postos de saúde. De acordo com o Ministério, 100% das 60 milhões
de doses de vacina já foram distribuídas aos estados.
Até o momento, o público com
maior cobertura são as puérperas (78%), seguido por idosos (75%), professores
(73%), trabalhadores da saúde (71,6%), indígenas (63,6%) e gestantes (55%). Já
entre as crianças com idades entre seis meses e cinco anos, o índice de
vacinação está em pouco menos da metade (49,7%).
Mortes por gripe
De acordo com o último
levantamento do Ministério da Saúde, foram registrados 2.088 casos de gripe em
todo país e 335 pessoas morreram em decorrência da doença. O tipo mais grave de
gripe foi o H1N1, com 218 óbitos e 1.262 casos. Das pessoas que faleceram, 70%
possuíam ao menos algum fator de risco, como idosos com mais de 60 anos
cardiopatas, pneumopatas e com diabetes millitus.
Agência Brasil
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