Neste momento, há 18
pré-candidatos, mas esse número já foi superior a 20 - alguns desistiram no
meio do caminho, outros foram barrados pelos partidos políticos. O total de
candidatos poderá ser menor, já que alguns partidos, como o DEM, o SD e o
PCdoB, estão sendo provocados a desistir da candidatura própria para apoiar
chapas mais competitivas.
O quadro de indefinição,
segundo o cientista político Leonardo Barreto, se deve a fatores diversos,
começando pelo fato de o Palácio do Planalto não estar influenciando o processo
eleitoral. "Quando o Executivo está forte, tentando a reeleição ou fazer o
sucessor, a tendência é que a coligação governista seja reproduzida, a oposição
se organize e até surja a terceira via. Neste ano, o governo não tem um candidato
forte nem colocou peso no candidato da oposição. Isso levou à pulverização de
candidaturas", argumentou.
Neste cenário com vários
candidatos, avaliou Barreto, até agora nenhum nome empolgou nem se apresentou
como favorito, o que cria dificuldades para os partidos se posicionarem, pois
todos querem apostar em alguém com chances de vitória. Além disso, os partidos
querem ter claro o papel que exercerão no futuro governo. "Todos esses
fatores levam ao quadro de barata voa nas convenções", afirmou.
Articulações
Três partidos - PDT, PSC e PCB
- têm reuniões marcadas para esta quinta-feira. Em Brasília, os convencionais
do PDT e do PSC vão decidir se confirmam as candidaturas de Ciro Gomes e Paulo
Rabello de Castro, respectivamente. Ciro e Rabello ainda não têm nomes para
vice. O PCB se reunirá no Rio de Janeiro, mas não terá candidato próprio na
eleição presidencial de outubro.
Amanhã, será o dia de PSOL,
PMN e Avante realizarem suas convenções. PMN e Avante tendem a não ter
candidaturas próprias, enquanto o PSOL deve confirmar a chapa Guilherme Boulos
e Sônia Guajajara. Domingo (22), o PSL se reúne no Rio de Janeiro para debater
a candidatura do deputado Jair Bolsonaro, as alianças possíveis e o nome do
vice.
Conforme Barreto, a partir das
convenções, as articulações políticas para formação das alianças nacionais
deverão se afunilar, com vantagem para os maiores partidos que têm "mais
meios de troca". Ou seja, as negociações vão levar em conta o tempo de
televisão que pode ser agregado nas disputas estaduais, os recursos para
financiamento das campanhas, as bancadas de deputados federais e estaduais e o
total de prefeitos, que são cabos eleitorais decisivos nas eleições.
Agência Brasil
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