Dando início às atividades
comemorativas e de reflexão sobre a vida e obra do patrono da Educação
brasileira, o Governo do Rio Grande do Norte, por meio da Secretaria da
Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer, dará início nesta quarta-feira
(25) às festividades do Centenário de Paulo Freire, a ser celebrado apenas em
2021. O lançamento acontecerá em Angicos (RN) e contará com a presença de
autoridades governamentais, educadores, lideranças, admiradores e
personalidades ligadas ao educador.
Serão dois anos de atividades,
que chegarão em todas as regiões do RN, por meio de ciclos de debates,
oficinas, palestras, aulas de campo, produção de conteúdo e discussões em
espaços públicos. “Ele nos deu a oportunidade de entender uma forma de
pedagogia singular, cuja obra é uma das mais citadas no mundo no campo das
ciências humanas. Paulo Freire é uma ideia, não morre”, explica o professor
Getúlio Marques, secretário de Educação do RN.
Para tornar possível esse
movimento, a SEEC instituiu um grupo de trabalho para dar forma às ideias e
operacionalizar as atividades que estão sendo construídas. Um dos braços desse
grupo está na 8ª Diretoria Regional de Educação e Cultura (Direc), que reúne os
municípios de Afonso Bezerra, Bodó, Fernando Pedroza, Lajes, Pedro Avelino,
Santana do Matos e Angicos, a cidade sede. “Trata-se de um trabalho feito com
as expertises e empenho de muitos admiradores do grande educador que é Paulo
Freire”, explica Francisca das Chagas Marileide, diretora da 8ª regional.
“As 40 horas de Angicos”
Em Angicos, no ano de 1963,
Paulo Freire desenvolveu um método de alfabetização, com duração de 40 horas,
considerado inovador e que se mostrou eficaz. Baseando-se em experiências de
vida das pessoas, Paulo Freire deixou de lado cartilhas que apresentavam “vovó
viu a uva” e passou a trabalhar com o conceito de “palavras geradoras”, que
tinha como foco a realidade de cada trabalhador que estava sendo alfabetizado.
Em vez de “bambu”, os agricultores eram familiarizados com palavras que faziam
parte da sua rotina, como “terra”, “feijão”, “enxada”, “planta”. Com o
desenrolar da fonética das palavras geradoras, Paulo Freire foi expandido os
conhecimentos de seus alunos.
“Angicos é um pedaço vivo da
história freiriana. Não existe um lugar melhor para lançarmos as festividades.
Temos a oportunidade de reascender um pensamento que mudou toda uma realidade e
que hoje, mais do que nunca, se faz necessária”, frisa professora Márcia Gurgel,
secretária adjunta da Educação do RN.
Portal no Ar
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